Com a intensa 3ª onda de Covid, o Ceará viu os casos confirmados da doença explodirem, no início de 2022. Em Fortaleza, entre janeiro e 7 de março, foram 82.681 pessoas infectadas pelo coronavírus em todos os 121 bairros da cidade.
Apesar de o vírus ter se espalhado por toda a Capital, os bairros Aldeota, Meireles, Mondubim, Barra do Ceará e Jangurussu encabeçaram a lista com os 5 maiores números de casos confirmados.
Só em 2022, até ontem (7), Aldeota e Meireles confirmaram 2.996 e 2.790 casos de Covid, respectivamente. Desde o início da pandemia, os bairros já somam, juntos, mais de 13 mil infecções, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Veja no mapa a situação do seu bairro:
10 bairros de Fortaleza com mais casos novos de Covid em 2022
- Aldeota – 2.996 casos de janeiro a 7 de março deste ano
- Meireles – 2.790
- Mondubim – 2.138
- Barra do Ceará – 1.907
- Jangurussu – 1.856
- Passaré – 1.748
- Montese – 1.509
- Joaquim Távora – 1.491
- Messejana – 1.429
- Fátima – 1.379
10 bairros de Fortaleza com mais casos de Covid em toda a pandemia
- Meireles – 9.552 casos desde março de 2020
- Aldeota – 9.366
- Messejana – 7.286
- Jangurussu – 6.957
- Mondubim – 6.922
- Centro – 6.050
- Passaré – 6.000
- Barra do Ceará – 5.555
- Conjunto Ceará I – 5.544
- Prefeito José Walter – 5.073
10 bairros de Fortaleza com mais novas mortes por Covid em 2022
- Manoel Sátiro – 77 óbitos de janeiro a 7 de março deste ano
- Aldeota – 31
- Prefeito José Walter – 20
- Meireles – 18
- Barra do Ceará – 18
- Messejana – 17
- Conjunto Ceará I – 16
- Centro – 15
- Bom Jardim – 14
- Vila Velha – 14
10 bairros de Fortaleza com mais mortes por Covid em toda a pandemia
- Prefeito José Walter – 256 óbitos desde março de 2020
- Mondubim – 256
- Aldeota – 255
- Barra do Ceará – 250
- Meireles – 240
- Vila Velha – 237
- Centro – 222
- Granja Lisboa – 209
- Messejana – 196
- Bom Sucesso – 187
Histórico da disseminação nos bairros
O padrão de alta transmissão da Covid em bairros de classes média e alta de Fortaleza foi constatado desde o 1º mês da pandemia na cidade, por meio de estudo de pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC) em parceria com órgãos do Governo do Estado.
A pesquisa, feita entre março e abril de 2020, constatou que o Meireles, por exemplo, bairro de onde o coronavírus começou a circular na Capital, registrou, em 1 mês de pandemia, mais casos do que alguns estados do Nordeste, como Paraíba, Piauí e Sergipe.
Contudo, os pesquisadores verificaram que, após a quarta semana de circulação da Covid na cidade, o contágio se espalhou para os bairros de maior vulnerabilidade socioeconômica, “que possuem serviços essenciais inadequados, com deficiências na oferta de saúde, coleta e tratamento de esgoto”, aponta o artigo.
“Grupos sociais de baixa renda foram os mais afetados, pois abrigam comunidades densamente povoadas e deficientes em urbanização e habitabilidade, tornando-se os mais vulneráveis ao impacto local da pandemia”, analisa a publicação.