Os moradores de algumas ruas da 1ª etapa do bairro José Walter, em Fortaleza, tiveram o fornecimento de energia interrompido nesta sexta-feira (15). Enfrentando quase 24 horas sem eletricidade, os residentes afirmam que a queda de energia causou prejuízos financeiros.
Dono de uma residência na rua 9, Fábio Paz conversou com o Diário do Nordeste e explicou que o transtorno começou por volta das 16h de sexta, quando o fornecimento de energia na casa passou a oscilar.
“Eu tenho, na minha casa, um medidor, e uma energia que deveria ser 220V, estava dando 80V ou 90V. [...] E mesmo assim, não era constante. Às vezes, parava total e, às vezes, ficava uma energia muito fraca. Um ventilador, por exemplo, não conseguia ser ligado”, disse ele.
Também segundo o morador, a queda de energia teria ocorrido em, ao menos, cinco ruas e afetado os postes da região, deixando a vizinhança sem iluminação pública.
Tentando solucionar o problema, Fábio e outros moradores entraram em contato com a Enel diversas vezes ao longo da noite, mas a companhia não revelou o que motivou o transtorno. Durante as ligações, a empresa de distribuição elétrica ainda chegou a fornecer vários prazos para a resolução do problema, entretanto, nenhum foi cumprido.
“Nenhuma equipe da Enel passou na nossa rua. [...] Eles tinham, primeiro, uma previsão até às 22h de ontem, depois deram a previsão para a madrugada, mas não foi cumprida. Aí,de manhã, tinha uma previsão para às 10h, e aí, eu liguei de novo às 10h55, e nessa ligação, eles disseram que já era para ter sido feito, que não sabem o que houve, não deram justificativa”, relatou o residente.
PREJUÍZOS
Também afetada pela situação, a moradora Elizângela Vale afirmou ter perdido diversos alimentos por falta de refrigeração adequada, além de estar sofrendo sem o funcionamento de equipamentos essenciais, como câmeras e portão automático.
“(Estamos sendo afetados) de várias formas: equipamentos sem funcionamento, perdemos muitos alimentos da geladeira e congelador [...] Meu celular está com bateria 50%, mas porque eu carreguei no carro, ou seja, liguei o carro para carregar o celular e ter acesso à comunicação”, explicou ela.
Além do prejuízo financeiro, a residente ainda falou sobre o desgaste da família com a situação: “Temos uma bebê em casa, e ela não está conseguindo dormir com o calor [...] (Também tem) o estresse de não ter nenhuma solução real”.
O QUE DIZ A ENEL?
O Diário do Nordeste entrou em contato com a Enel, mas, até a publicação desta matéria, não obteve retorno.