A situação de tranquilidade da pandemia no Ceará teve uma pausa desde o início de novembro. O mês teve um salto significativo de casos de Covid: na primeira semana, foram 373 novas infecções; na última, foram quase 6 mil, número ainda em atualização.
Novembro teve, assim, o pior cenário de incidência do coronavírus desde julho deste ano. Foram, no total, mais de 21 mil casos e 22 mortes pela doença confirmados até agora. Em outubro, para se ter ideia, somente 365 cearenses testaram positivo para a doença.
No mês que marcou a chegada da quinta onda da pandemia e da subvariante BQ.1 da ômicron ao Estado, quase metade (45%) de todos os testes feitos deu positivo: foram 41 mil exames entre 1º e 30 de novembro, dos quais 18,7 mil confirmaram Covid.
Os dados são do Integra SUS, plataforma da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), atualizados até o dia 6 deste mês e extraídos pelo Diário do Nordeste na manhã desta quarta-feira (7). Os números estão em constante atualização e podem sofrer alterações.
Os primeiros dias de dezembro já indicam uma continuidade do cenário de alerta. Entre 1º e 6 deste mês, já foram confirmados mais de 3 mil casos e 4 óbitos pelo coronavírus.
A taxa de positividade – número de testes positivos a cada exame feito – também se destaca: dos 11 mil testes feitos no período, 6.691 deram positivo. É uma proporção de 6 positivos a cada 10 exames. Vale ressaltar ainda que um paciente pode corresponder a mais de um teste.
Uso de máscaras e outras medidas
Diante desse novo avanço da Covid, que deve se tornar “comum” para os períodos de fim de ano, especialistas voltam a reforçar a importância da medida mais conhecida e básica de prevenção contra o coronavírus: a máscara.
Há quase 3 meses, em setembro, a exigência de uso do equipamento em transportes públicos – pontos clássicos de aglomeração – deixou de ser feita.
Apesar disso, a recomendação de usar máscaras em locais fechados ou com aglomeração no Ceará foi mantida pelo Governo do Estado, na última sexta-feira (2), após reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia.