O Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) prestou homenagem às equipes que cumpriram missão na tragédia de Petrópolis. Os seis bombeiros cearenses e os cães farejadores desembarcaram no Aeroporto Internacional de Fortaleza na noite da última quinta-feira (24).
Os profissionais foram recebidos ao som de uma orquestra, como forma de agradecimento pela dedicação em auxiliar o trabalho de resgate de vítimas nas áreas afetadas pelas chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro. Passageiros no local também se emocionaram e aplaudiram os profissionais.
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A capitã do CBMCE, Carolina Olinda, que participou da operação, ressaltou a importância do trabalho realizado pelos bombeiros cearenses. "Com certeza fizemos a nossa parte, estamos retornando com a sensação de missão cumprida, com muito aprendizado e cada dia querendo fazer mais pela população", afirmou.
O coronel Zélio Menezes, comandante adjunto do CBMCE, comentou sobre a homenagem aos profissionais e disse que o Corpo de Bombeiros está à disposição caso novas operações sejam necessárias.
Tivemos grande satisfação em receber nossas equipes e nossos heróis de quatro patas, assim como os cachorreiros que acompanharam a operação, que foi muito bem sucedida. Continuamos lamentando o ocorrido em Petrópolis e estamos a postos para, em um segundo momento, até retornar, se necessário. São profissionais que deixaram seus lares para ajudar na tragédia. A homenagem é como se fosse um abraço da sociedade cearense aos nossos heróis que são a representação do Ceará em Petrópolis
As equipes do CBMCE chegaram a Petrópolis na madrugada do último sábado (19). Para a missão, foram enviados seis militares, entre capitães, subtenentes e soldados. Na composição, constaram especialistas em Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas (BREC) e da Companhia de Busca com Cães (CBCães).
No local, atuaram ainda os cães farejadores Tupã, da raça boiadeiro australiano, e os labradores Nala e Anny. Os animais também já participaram dos resgates do Edifício Andrea, em Fortaleza, e da tragédia em Brumadinho, em Minas Gerais.
Além dos agentes e dos cães farejadores, um aparelho Delsar Life Detector CLD3, usado na captação de escuta mística e acústica, e uma câmera First look de alcance 360° também foram disponibilizados.
Tragédia em Petrópolis
Considerada a maior tragédia da história de Petrópolis, as fortes chuvas que atingiram a Região Serrana do Rio já deixaram, até a manhã desta sexta-feira (25), pelo menos 217 mortos e 33 desaparecidos. A cidade já havia sido atingida por temporais semelhantes nos anos de 1988 e 2011.