Tendo iniciado suas operações em 1954, o Banco do Nordeste (BNB)completa, agora em 2019, 65 anos de atividades e incontestável eficácia em relação ao financiamento e investimento nas atividades produtivas no Nordeste do Brasil. Além de atuar no chamado “Polígono das Secas”, abrangendo cerca de 2.000 municípios nordestinos, o Banco também investe no Norte de Minas Gerais e em parte do Espírito Santo. Desde 1990, na condição de gestor do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), o BNB já investiu cerca de R$ 250 bilhões. Maior instituição financeira de desenvolvimento regional da América Latina, o BNB registrou em 2018 quase cinco milhões de operações de crédito que somaram R$ 43,58 bilhões em investimentos. Foram R$ 32,6 bilhões contratados via FNE, R$ 8,9 bilhões com o Crediamigo e R$ 2,5 bilhões pelo Agroamigo. O valor contratado por pequenas empresas foi de R$ 2,9 bilhões. O montante financiado pelo BNB nos últimos cinco anos passa dos R$ 141 bilhões de reais. E para o ano em curso (2019), somente com recursos do orçamento do FNE, a previsão de investimentos é de R$ 23,7 bilhões.
Esses números colocam o BNB como propulsor fundamental e indispensável à economia da Região Nordeste. Especialistas salientam que o fato de o Governo Federal ainda não ter definido o presidente do BNB pode soar como desconhecimento da máquina pública, haja vista a relevância do cargo. Qualquer ideia de fusão com outra Instituição deve reduzir a experiência e o potencial acumulados pelo BNB em seus 65 anos de atividades. E a sua extinção, por ser tão estapafúrdia, não deveria sequer ser cogitada.
Diante disso, a diretoria da AABNB junta-se à AFBNB para conclamar a Comissão Nacional, Sindicatos, Classes Políticas e Empresariais de todo o Nordeste a fim de evitar qualquer ação que possa prejudicar o BNB e, consequentemente, o povo nordestino.