Rendas, Sérvulo Esmeraldo, rua Barão de Aratanha: encontros virtuais discutem história de Fortaleza

Em ‘Cidade Portátil’, a jornalista Izabel Gurgel resgata, por meio de leituras e pesquisas, recortes sobre os espaços da cidade

Fruto das leituras e andanças da jornalista e professora Izabel Gurgel, a série ‘Cidade Portátil’ é lançada nesta sexta-feira (22) com encontros virtuais semanais que discutirão o direito à cidade, bem como um fomento de ocupação dos espaços coletivos e uso dos acervos públicos.  

Além dos debates semanais sobre os acervos públicos de Fortaleza, o projeto reúne vídeos; uma edição de informes educativos para redes sociais; um mapa digitalizado da obra pública do artista Sérvulo Esmeraldo, em Fortaleza; e uma publicação digital sobre os altares da rua Barão de Aratanha para a passagem da procissão de N. Sra. de Fátima. 

“Propomos uma experiência imersiva como um modo de melhor apreciar histórias da cidade e nos perguntar sobre como criamos espaços para viver juntos, como nos inventamos coletivamente, como podemos afirmar a vida em sua diversidade em nossas práticas”, explica Izabel. 

A primeira edição do projeto aconteceu em 2018, quando a jornalista realizou os encontros em Icó e Canoa Quebrada como parte da programação do Festival Alberto Nepomuceno (FAN). Já passou também por Recife e, por Fortaleza, em 2019 na biblioteca do Centro Cultural Banco do Nordeste.   

Difusão dos acervos públicos  

Neste primeiro encontro, Izabel apresenta o trabalho de rendas e rendeiras do Ceará, a partir do livro “Rendas de bilros - a coleção do Museu Arthur Ramos”, de Valdelice Carneiro Girão. Já no segundo, ela traz as narrativas sobre um teatro, uma cidade, contando a história do Theatro José de Alencar e Fortaleza.  

No terceiro encontro, que acontece no dia 27 de janeiro, a jornalista remonta a história dos altares efêmeros da rua Barão de Aratanha, no Centro da cidade, para a procissão de Nossa Senhora de Fátima. O seguinte trata das obras públicas do artista Sérvulo Esmeraldo em pontos diferentes de Fortaleza.  

Enquanto o último, que finaliza a programação no dia 29 de janeiro, resgata a tradição das rendeiras cearense com foco em Canoa Quebrada, onde lá as mulheres trabalham com a renda labirinto. 

 

Compilado material 

Para reunir esses materiais, a professora se debruçou nas pesquisas em livros e construiu as narrativas por meio de fotos e vídeos que encontra ou desenvolve ao longo desse levantamento. As imagens são domésticas ou assinadas por documentaristas e/ou ficcionistas profissionais. 

“Anoto, escrevo, fabulo. Leitura em ação: andar e observar é ler a cidade. E uma das graças do ato de ler é a partilha que daí pode ser feita”, sintetiza Izabel.  

Veja a programação completa:

  • Rendas e rendeiras do Ceará: a partir do livro "Rendas de bilros - a coleção do Museu Arthur Ramos", de Valdelice Carneiro Girão – 22/01/2021 (sexta-feira) - 15h às 17h;                                           
  • Narrativas sobre um teatro, uma cidade: O Theatro José de Alencar e Fortaleza  – 25/01/2021 (segunda-feira) - 15h às 17h;     
  • Fé em Festa: Altares efêmeros da rua Barão de Aratanha para a procissão de Nossa Senhora de Fátima – 27/01/2021 (quarta-feira) - 15h às 17h;                                                                                                     
  • Sérvulo Esmeraldo a céu aberto: a obra pública do artista em Fortaleza (Centro e Praia) – 28/01/2021 (quinta-feira) - 15h às 17h;
  • Rendeiras do Ceará: Canoa Quebrada a partir das mulheres que fazem a renda labirinto – 29/01/2021 (sexta-feira) - 15h às 17h.

Serviço 

Lançamento ‘Cidade Portátil’ 
Hoje (22), às 15h. Inscrições no site do Museu de Arte da UFC