Chapeleira cearense produz casquete com artesanato de palha para rainha da Holanda

A rainha Máxima, que é argentina, esteve no Brasil na quinta-feira (26)

A chapeleira cearense Jomara Cid produziu uma casquete exclusiva para a rainha Máxima, da Holanda. A esposa do rei holandês Willem-Alexander esteve no Rio de Janeiro, na quinta-feira (26), para participar de um dos painéis do Global Partnership for Financial Inclusive (GPFI), evento que faz parte da trilha financeira do G20 e funciona como fórum para melhorar o acesso da população mundial a serviços financeiros.

Para desenvolver o acessório, a chapeleira mesclou técnicas da alta chapelaria europeia e materiais como a seda com o artesanato cearense, utilizando o crochê da palha de buriti.

Jomara Cid atua no ramo da chapelaria há 12 anos. Desde então, já assinou acessórios para celebridades nacionais, como Cláudia Leitte, Sabrina Sato, Wesley Safadão, Iza, Duda Beat e Luciana Gimenez. Ela escolheu atuar na chapelaria ainda na faculdade, quando se apaixonou pelo segmento.

“Fui em busca de informações, de cursos extra-faculdade, já que a gente não via esse segmento dentro da faculdade. Eu fiz cursos no Rio de Janeiro e também na França”, contou ela.

Jomara, que é natural de Hidrolândia, interior cearense, salienta que ter sido escolhida para desenvolver uma peça para um membro da realeza europeia sinaliza que está no caminho certo.

“Meu primeiro sentimento foi de muita insegurança. Mas depois veio toda a felicidade, de entender o processo que faço há 12 anos, de mostrar meu trabalho, de muitas vezes colocar o autoral à frente do comercial... Acredito que tudo isso faz com que as pessoas tenham um olhar diferenciado do meu trabalho, e essa valorização vai chegando. Nem nos meus maiores sonhos imaginei chegar à realeza. Até porque eu sou brasileira, não estou no miolo da alta chapelaria, estou no Brasil, no Nordeste, no Ceará. Por isso foi um sentimento de muita felicidade, levar a arte cearense, o nosso artesanato, a nossa riqueza, nossas joias, que às vezes é muito desvalorizada por nós, mas que lá fora é tão valorizada”. 

Presente do Brasil 

O acessório produzido pela chapeleira cearense foi um presente do Banco Central do Brasil. Sara Diniz, representando o Departamento de Relações Internacionais do Banco, entregou à peça em mãos ontem a rainha Máxima, que também é Assessora Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para o Financiamento Inclusivo para Desenvolvimento.