Recontar a história de forma coerente. Esse o objetivo da campanha “Machado de Assis Real”, iniciada por uma faculdade paulistana. “Machado de Assis era um homem negro. O racismo o retratou como branco. É hora de reparar essa injustiça”, declara o texto do movimento.
Na prática, a iniciativa propõe substituir a imagem do escritor que, para o grupo, "foi embranquecido para ser reconhecido".
Nesta terça-feira (7), mais um passo foi dado. O movimento entregou um quadro para a Academia Brasileira de Letras com uma imagem mais real do célebre representante da literatura nacional.
O autor de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", um dos fundadores da ABL, foi o primeiro presidente da instituição eleito por unanimidade em 1897.
"Hoje reescrevemos mais um capítulo da história do Brasil: Machado de Assis real agora também está presente na Academia Brasileira de Letras. Entregamos a foto atualizada nas mãos do presidente Marco Lucchesi. Que dia para a nação", disse a publicação na rede social.
Pelo Facebook, a academia registrou o recebimento da imagem e destacou a atuação dos alunos da Faculdade Zumbi dos Palmares, que encabeçam o movimento que objetiva reconfigurar a imagem do escritor carioca.