A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou, nesta sexta-feira (28), o uso da internet banda larga via satélite da Starlink, uma divisão da SpaceX, empresa espacial do bilionário Elon Musk.
Com a decisão, o empreendimento poderá utilizar 4.408 satélites não-geoestacionários de baixa órbita para ofertar banda larga para consumidores brasileiros. A licença concedida pelo órgão regularizador vale até 2027.
Segundo conselheiro da Anatel, Emmanoel Capelo, “é do interesse da empresa o provimento de acesso à internet em banda larga para clientes distribuídos em todo o território brasileiro, o que, certamente, será bastante oportuno para escolas, hospitais e outros estabelecimentos localizados em regiões rurais ou remotas”.
Menor tempo de latência
Segundo a Starlink, enquanto a maioria dos serviços de internet via satélite atuais são possibilitados por satélites geoestacionários simples, que orbitam a Terra a cerca de 35 mil km de altitude, a Starlink é uma constelação de diversos pequenos satélites que orbitam o planeta a uma distância menor, a cerca de 550 km.
Por estarem em baixa órbita, o tempo de recepção de dados entre o usuário e o satélite, chamado latência, é menor quando comparado com os que estão mais distantes, explica a companhia.
Conforme informações do portal Uol, o objetivo da Starlink é oferecer internet de até 1Gbps (Gigabit por segundo) quando a rede estiver completa, com mais de 7 mil satélites. Em testes realizados nos Estado Unidos, o empreendimento conseguiu alcançar picos de 97 Mbps (Megabits por segundo), segundo uma pesquisa realizada pela Speedtest.
O que é a Starlink?
A empresa é uma subsidiária da SpaceX e oferece serviços de internet móvel diferentes via satélite. O objetivo do empreendimento é ofertar internet para todo o mundo, especialmente para regiões que possuem fraca conectividade por banda larga.
Para isso, a Starlink usará uma rede de milhares de satélites, em formato de constelação com pelo menos 12 mil unidades em órbita.
Os aparelhos permitem que os usuários tenham acesso à rede mundial de computadores apenas com a instalação de uma antena, que pode ser colocada em qualquer lugar do mundo.
Nos Estados Unidos, o serviço da companhia deixou a fase de testes e iniciou as operações comerciais em outubro de 2021. Os planos custam a partir de US$ 99 por mês, equivalente a R$ 532. O kit de instalação, que inclui antena e roteador, sai por US$ 499 (R$ 2.689).
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