Busca por fugitivos de Mossoró já ultrapassou o gasto de R$ 2 milhões

A força-tarefa envolveu mais de 600 agentes da PF, Senappen e Força Nacional

Legenda: Trabalho da Força Nacional nas buscas se encerrou na sexta-feira (29)
Foto: reprodução

As buscas por Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, já teriam ultrapassado R$ 2 milhões em gastos operacionais em 45 dias. A força-tarefa para recapturar os presos envolveu mais de 600 agentes da Polícia Federal (PF), Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) e a Força Nacional.

Os dois homens estão foragidos desde 14 de fevereiro, data em que abriram passagem por um buraco dentro do presídio e cortaram duas cercas de arame com ferramentas de uma obra que ocorria no local. A fuga, inclusive, foi a primeira na história do sistema penitenciário federal desde 2006.

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O número de R$ 2,1 milhões foi informado em levantamento da Globonews, que reuniu os gastos. Com a Polícia Federal, o total foi de R$ 497.812 até agora, enquanto com a Senappen a quantia chegou a R$ 372.218,62, além de R$ 1.245.549 com a Força Nacional.

Os gastos, baseados em divulgação de dados feito pela Polícia Federal, inclui diárias, passagens, frota e combustível, por exemplo. O levantamento da Globonews não considerou salários dos agentes nem custos de alimentação. 

O último dia do uso da Força Nacional nas buscas pelos fugitivos ocorreu na sexta (29), após renovação para mais dez dias no último dia 20 de março. A Força Nacional é composta por policiais e bombeiros militares, além de policiais civis e peritos.

As próximas ações na operação passarão por mudança de estratégia, com o uso das forças locais, como as polícias Militar, Civil e Judiciária. Segundo o titular da Senappen, a Polícia Federal também manterá a investigação.

Relembre o caso

Detidos em setembro do ano passado, Deibson e Rogério foram transferidos do sistema penitenciário do Acre para a unidade de segurança no Rio Grande do Norte, de onde escaparam no dia 14 de fevereiro.

A fuga desencadeou inúmeras buscas em municípios próximos e mobilizou mais de 300 agentes, de acordo com Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública.

Os fugitivos já tinham histórico na justiça. Também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, Deibson Nascimento está envolvido em 34 processos na Justiça do estado de origem. Ele responde por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e roubo, tendo sido condenado a 33 anos de prisão.

Já Rogério Mendonça, apelidado como “Martelo”, responde por roubo, violência doméstica e homicídio qualificado. Com pena de 74 anos de prisão, o fugitivo tem mais de 50 processos e possui uma suástica (simbolo nazista) tatuada na mão.


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