Suspeito que marcava encontros por aplicativo e assassinava homens gays é preso em Curitiba

A Polícia do Paraná definiu Tiago Soroko como um "assassino em série com perfil psicopata"

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Diário do Nordeste e Folhapress producaodiario@svm.com.br
Momento da prisão de homem que assassinava gays no Paraná
Legenda: Homem estava foragido há duas semanas
Foto: Reprodução/Polícia Civil

Suspeito de matar três homens gays após encontros no Paraná foi preso em Curitiba neste sábado (29). Segundo a Polícia Civil, José Tiago Correia Soroko foi identificado após tentar matar uma quarta vítima, que conseguiu resistir ao ataque no último dia 11 de maio. 

O caso está sendo investigado como latrocínio (roubo seguido de morte). Conforme as apurações policiais, o suspeito marcava encontros por meio de aplicativos e, ao chegar nos locais, roubava os pertences e cometia os assassinatos. 

Ele rendia as vítimas e as estrangulava. Em todos os casos, os corpos foram encontrados cobertos com lençóis e com as mãos amarradas. As mortes ocorreram entre 17 de abril e 4 de maio. 

Thiago Nóbrega, delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba, o Tiago Soroka é considerado um "assassino em série com perfil psicopata".

Vítimas

A primeira vítima teria sido o professor universitário Robson Paim, 36. Ele foi encontrado morto por familiares dentro de sua casa no município de Abelardo Luz, no dia 17 de abril. O carro dele foi localizado na mesma noite em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba.

Em 27 de abril, o suspeito também teria matado o enfermeiro David Levisio, 28. Ele morava em Curitiba havia poucos meses. O corpo dele foi encontrado por amigos em seu apartamento, no bairro Lindoia, após três dias desaparecido. Segundo o delegado Victor Menezes, ele estava de bruços, com as mãos amarradas e um travesseiro no rosto.

Já Marcos Vinício Bozzana da Fonseca, 25, foi morto no dia 4 de maio. Ele era de Campo Grande (MS) e cursava medicina em Curitiba. Amigos também estranharam seu desaparecimento e chamaram a polícia. O corpo estava coberto com uma manta e apresentava sinais de decomposição. Marcos morava a cerca de dois quilômetros de David.

Provas 

Além de outras provas coletadas, como imagens de câmeras de segurança, a polícia chegou ao suspeito a partir de uma quarta vítima que conseguiu resistir ao ataque do suspeito após também recebê-lo em casa.

A Aliança Nacional LGBTI+ também acompanha as investigações e ressaltou as características de crime de homofobia. No início do mês, o grupo lançou um manual para evitar casos de violência LGBTIfóbica.

Entre as 11 dicas, o grupo aconselha que se evitem encontros marcados por aplicativos que não exigem autenticação dos usuários.

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