Justiça manda madrasta de Isabella Nardoni para regime semiaberto
Anna Carolina Jatobá foi condenada em 2010 a 26 anos e oito meses de prisão, por homicídio triplamente qualificado, cometido contra menor de 14 anos
A Justiça de São Paulo concedeu nesta segunda-feira (17) a progressão de regime à Anna Carolina Trotta Jatobá, 33, condenada em 2010 pela participação no assassinato da enteada Isabella Nardoni, 5. Do regime fechado, ela vai para o semiaberto, podendo trabalhar fora da prisão e retornar ao presídio durante à noite, além de sair em datas especiais, como dias das Mães, Natal e Ano Novo.
A decisão é da juíza Sueli Armani, de Taubaté, atendendo pedido da defesa do casal Nardoni, para quem a ex-estudante de direito atingiu o tempo necessário para conseguir a progressão, tem bom comportamento na prisão e nunca teve outra condenação na vida. "Ademais, foi submetida a exame criminológico e obteve resultado positivo pela unanimidade dos membros da Comissão Técnica de Classificação, os quais ressaltaram que a possibilidade de reincidência é nula", afirma trecho da decisão da magistrada.
Ela também registra que mesmo passado quase dez anos do crime, ocorrido em 29 de março de 2008 no apartamento do casal, na zona norte da capital, ela não "reconheça a culpa". "Não assume a responsabilidade pelo delito perpetuado e declara-se inocente", diz a juíza.
Anna foi condenada a 26 anos e oito meses de prisão, por homicídio triplamente qualificado, cometido contra menor de 14 anos. Além da madrasta, está preso o pai da menina, o bacharel em direito Alexandre Nardoni 39, que também nega ter cometido o crime. Ele foi condenado inicialmente a 31 anos, um mês e dez dias, teve essa pena reduzida para de 30 anos, dois meses e 20 dias.