Governo de SP tenta comprar vacinas da Pfizer para crianças; laboratório não tem previsão de entrega

Secretaria da Saúde enviou ofício à farmacêutica comunicando o interesse em adquirir os imunizantes pediátricos

Escrito por Diário do Nordeste e Estadão Conteúdo ,
VACINA PARA CRIANÇAS NO BRASIL
Legenda: Frasco da vacina Biontech-Pfizer Comirnaty na dosagem pediátrica
Foto: Ina Fassbender/AFP

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), autorizou o Governo do Estado a iniciar negociação com a farmacêutica Pfizer para adquirir a vacina contra Covid-19 destinada a crianças de 5 a 11 anos. Apesar de ter o mesmo princípio ativo dos imunizantes aplicados em adultos, a formulação pediátrica tem uma dosagem menor e outras especificações.

O início da vacinação de crianças, portanto, fica condicionado à entrega de vacinas adaptadas, mas ainda não há previsão de quando isso irá ocorrer, segundo comunicado da Pfizer nesta sexta-feira (17). A farmacêutica ponderou, em nota, que está fazendo "todos os esforços para que as doses cheguem ao País o mais rapidamente possível".

A companhia afirmou ainda que atua junto ao governo para definir as próximas etapas desse processo.

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Na manhã dessa quinta-feira (16), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação da vacina da Pfizer no público de 5 a 11 anos. A inclusão do novo grupo foi publicada no Diário Oficial da União na tarde do mesmo dia. Com esse registro, o Ministério da Saúde está liberado para iniciar a aplicação de imunizantes em crianças - o que já é feito em grande parte dos países. O ministério, no entanto, ainda não deu prazo para começar a etapa.

Com isso, sob autorização de Doria, a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo encaminhou ainda nesta quinta um ofício à Pfizer comunicando o interesse do Estado em adquirir as doses e agilizar o processo. A gestão paulista enviou ainda outro ofício, desta vez ao Ministério da Saúde, solicitando liberação e disponibilização imediata de doses para imunização de crianças.

Vacinação sem previsão

O envio dos documentos aconteceu após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ter afirmado que não haverá vacinação para crianças em 2021. Segundo ele, até agora não há reserva de doses nem previsão de data para início da imunização do grupo. "É preciso ser feita uma análise", disse Queiroga.

Conforme mostrou o Estadão, o Brasil ainda não tem em solo nacional as chamadas doses pediátricas da vacina da Pfizer, uma vez que a vacinação de crianças não estava aprovada pela Anvisa até então.

Ainda assim, a farmacêutica explicou que o terceiro contrato firmado com o governo brasileiro, que permitirá o fornecimento de 100 milhões de imunizantes anticovid no ano de 2022, inclui a possibilidade de entrega de versões para diferentes faixas etárias. A disponibilização depende do que for solicitado pelo Ministério da Saúde.

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