Unesp investiga trote com prática racista em campus da instituição no interior de SP

Alunos veteranos teriam praticado blackface com os calouros

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) investiga um caso de racismo supostamente cometido por estudantes veteranos da instituição contra alunos novatos durante um trote, no campus de Botucatu, no interior de São Paulo.

Durante o trote, os veteranos teriam pintado os rostos dos calouros com tinta preta, praticando "blackface", que ridiculariza pessoas pretas. Após o trote, alguns alunos da instituição teriam compartilhado as imagens nas redes sociais para denunciar a prática racista. As informações são do G1.

Em uma nota, o Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu repudiou as ações de racismo e qualquer outro tipo de violência que possam ter ocorrido durante o trote universitário, alegando que queixas foram apresentadas na ouvidoria da instituição. 

Ainda no esclarecimento, a Unesp ressalta que uma comissão foi aberta para averiguar os fatos, bem como dar direito ao contraditório a todos os envolvidos, para solicitar as devidas punições.

Denúncia

No documento, a instituição pontua que a comissão vai ajudar a definir elementos legais para fazer uma denúncia na Polícia em um momento oportuno. Por fim, a nota reforça que trotes universitários dentro e fora do campus de Botucatu são proibidos.

Ainda conforme o G1, a república universitária que recebeu o evento disse, por meio das redes sociais, que a gincana é realizada há anos e que os estudantes são divididos por cores para ser possível a identificação de cada grupo, dividido entre calouros e veteranos. Ela reforça que as cores disponíveis para o trote eram: amaralo, rosa, azul, vermelho, verde, marrom e preto.

A república também se desculpou pelo caso e disse que não teve intenção de ofender ninguém.