Paulo Sérgio de Lima, de 29 anos, o homem capturado em flagrante no dia 12 de março, após sequestrar um ônibus no Rio de Janeiro, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado (MPRJ) pela tentativa de homicídio de duas pessoas e por manter reféns passageiros no interior do veículo. Conforme a denúncia, ele vai responder pelos crimes de homicídio tentado, cárcere privado e disparo de arma de fogo em via pública.
O documento afirma que ele atirou contra as duas vítimas, pois acreditava que eram policiais à paisana que estavam no coletivo para prendê-lo. O suspeito ainda impediu a saída de outros 15 passageiros, entre eles uma criança de dois anos. O denunciado fez uma das vítimas como um "escudo humano". Para o MPRJ, o homem colocou em risco a vida das pessoas que transitavam pela Rodoviária Novo Rio por disparar a arma de fogo em via pública.
Os promotores solicitaram que Paulo Sérgio de Lima seja submetido ao julgamento pelo Tribunal Popular.
RELEMBRE O CASO
No último dia 12 de março, Paulo entrou armado em um ônibus na rodoviária Novo Rio, no Rio de Janeiro, e fez 17 passageiros reféns, incluindo crianças e idosos. Ele se entregou à Polícia cerca de três horas após negociações.
Os reféns foram liberados e passam bem. No entanto, durante a ação criminosa, houve troca de tiros com a Polícia e ao menos duas pessoas ficaram feridas. Elas foram atendidas pelo Corpo de Bombeiros e levadas para unidades hospitalares na região. Uma das vítimas, identificada como Bruno Lima de Costa Soares, 34, foi baleada três vezes, no tórax e no abdome.
SUSPEITO FUGIA DE 'DESAVENÇAS COM FACÇÃO'
Segundo a Polícia Militar do Rio de Janeiro, Paulo tinha "desavenças com facção criminosa" e, por isso, teria embarcado no ônibus com destino a Juiz de Fora, em Minas Gerais. O suspeito teria, inclusive, participado de disputas territoriais na zona oeste da capital carioca.