Segundo caso de varíola dos macacos é confirmado em São Paulo; RJ e Maranhão registram suspeitos

Pacientes estão isolados e possuem quadro estável

O segundo caso de varíola dos macacos foi confirmado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) de São Paulo neste sábado (11). De acordo com informações da Pasta, o infectado é um homem de 29 anos que mora em Vinhedo, no interior do estado. Ele está isolado e sendo monitorado pela Vigilância Epidemiológica do município e pelo Estado. 

O homem possui histórico de viagem para Portugal e Espanha e teve os sintomas e as primeiras lesões na pele ainda na Europa. Ainda conforme a secretaria, o caso só foi confirmado por um laboratório espanhol no último dia 8, depois que o paciente já havia desembarcado no Brasil.

Caso suspeito no Maranhão

O estado do Maranhão notificou o primeiro caso suspeito. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão, que iniciou a análise das amostras.

O paciente é um homem de 30 anos, morador de São Luís. Ele foi internado no último dia 8 de junho na rede pública municipal.

Ele não tem histórico de viagem e apresenta sintomas de febre, calafrio, dor de cabeça, ardor nos olhos, dor nas costas e lesões por todo o corpo com coceira. O estado de saúde é estável.

Caso suspeito no Rio de Janeiro

Já no Rio de Janeiro, um possível caso em Macaé está sendo investigado. O homem tem 43 anos e relata ter tido contato com pessoas de outros países. Ele está internado em um hospital particular da cidade, isolado e estável.

O que é a varíola dos macacos?

O vírus Monkeypox, que causa a varíola dos macacos, é um “parente” da varíola humana e considerado uma zoonose — infecção comum em animais, mas que consegue afetar humanos —, como explica Lauro Vieira Perdigão Neto, infectologista do Hospital São José (HSJ).  

“A novidade é o aparecimento de surtos fora da área de circulação do vírus da varíola dos macacos na África. Agora estamos nos deparando com uma centena de casos fora do usual, na Europa, América do Norte, Oceania e agora casos na América do Sul”, contextualiza.

Apesar do nome, o vírus costuma ocorrer em roedores, mas a primeira detecção foi registrada em macacos de laboratório e por isso o nome da doença.

"A transmissão desses casos ainda está em análise não se sabe exatamente em que momento o vírus saiu e nem o formato da transmissão que ocasionou o surto'', explica sobre os casos atuais.