O Ministério da Saúde (MS) deve antecipar a aplicação da segunda de dose da vacina Pfizer a partir de setembro. Segundo o ministro Marcelo Queiroga, o calendário foi definido considerando o período em que toda a população adulta já terá recebido pelo menos uma dose de imunizantes contra a Covid-19.
O intervalo atual é de três meses. Com a mudança, passará para 21 dias.
De acordo com o jornal O Globo, a informação foi confirmada por Queiroga após evento de lançamento do programa-piloto de testagem em massa, na Feira dos Importados, em Brasília:
"À medida em que a gente avance na primeira dose, já se rediscutiu colocar a Pfizer no intervalo de 21 dias. (A previsão é) em setembro. Nós já temos 70% da população acima de 18 anos com uma dose", projetou.
Alterações no intervalo da aplicação de doses estavam sendo estudadas pela pasta para frear o avanço de variantes da Covid-19 no Brasil.
Programa nacional de testagem para Covid-19
Na ocasião, Queiroga também anunciou um plano nacional de testagem para Covid-19. De acordo com ele, os testes foram produzidos pela Fiocruz e têm resultados mais rápidos do que o RT-PCR.
O objetivo é conseguir identificar os casos positivos e seus contactantes para que se possa adotar uma política mais efetiva de quarentena para os indivíduos afetados pelo coronavírus e, assim, reduzir a transmissão da doença, afirmou o ministro.
O teste de antígeno é um exame imunológico rápido, que avalia a proteína viral do SARS-CoV-2 no organismo. O resultado demora, em média, 30 minutos e pode diagnosticar a infecção viral atual, mas não detecta os anticorpos adquiridos.
A utilização desse teste é indicada nos primeiros 7 dias de sintomas, com sensibilidade mais elevada do primeiro até o terceiro dia de sintomas. O teste é coletado diretamente com amostras de swab (cotonete) de nasofaringe.
Queiroga também reiterou as recomendações de uso de máscaras e do distanciamento social - chamadas de medidas não farmacológicas.