Saga para recuperar fone de ouvido avaliado em R$ 2 mil viraliza nas redes sociais; entenda

A história do advogado que passou dez dias monitorando a pessoa que furtou fone já alcançou mais de 8 milhões de visualizações no Twiiter

Paulo Ribeiro, de 32 anos, viralizou nas redes sociais, na última quinta-feira (30), quando resolveu compartilhar sua saga para recuperar o fone de ouvido avaliado em R$ 2 mil. O advogado contava apenas com 30 seguidores no Twitter, que foram suficientes para a "thread" alcançar mais de 8 milhões de visualizações. As informações são do G1. 

Tudo iniciou em um dia comum na academia, quando Paulo, que mora em Guarulhos, na Grande São Paulo, se deu conta de que havia perdido seus AirPods, fones de ouvido da marca Apple. O acessório é avaliado entre R$ 1.399 e R$ 6.590, dependendo do modelo. 

Com a ajuda do aplicativo da Apple, o advogado rastreou o objeto e viu que estava em um endereço desconhecido, no entanto, próximo de onde morava. 

Em meio as investigações, Paulo precisou se ausentar de Guarulhos por uns dias e passou esse período monitorando o fone, tirando prints e anotando as localizações. "Fiquei como se estivesse stalkeando uma pessoa. Fiquei muito chateado, tinha perdido um aparelho de R$ 2 mil", revelou ele. 

Nada de desistir 

Apesar dos dias afastados da cidade, logo na volta, o advogado tratou de colocar seus planos em ação. O primeiro passo foi recorrer à academia que frequenta, vasculhando os registros das câmeras de segurança. Para a tristeza do homem, no dia do desaparecimento do aparelho, ele estava se exercitando em um "ponto cego", o que não ajudou a identificar a pessoa que pegou o fone de ouvido. 

As gravações só colaboraram para comprovar que aquele foi o local do sumiço, e que lá havia sido os últimos momentos de Paulo  com o aparelho. 

Com força, coragem, e tecnologia, o rapaz foi até o local indicado pelo aplicativo, mas para sua decepção, não havia ninguém lá, então, ele recorreu a um vizinho. Com um pouco de conversa, Paulo conseguiu descobrir um ponto crucial para as investigações: o nome do morador do imóvel. 

Dez dias, passo a passo 

  1. Paulo só tinha um nome em mãos, então, ele voltou à academia. Na lista de matriculados, havia outros 6 mil alunos com aquele mesmo nome. A luta continuava. 
  2. Foram dez dias monitorando cada passo do "novo dono" do aparelho, e foi aí, que a sorte resolveu ajudar o advogado. 
  3. Um alerta mostrou que o fone de ouvido estava muito próximo da sua casa. "Me arrumei e, quando cheguei ao local, fiquei dentro do carro, muito mais cauteloso", lembrou. 
  4. Ao tomar coragem para sair do carro, ele tocou a campainha e entrou. O local era um ponto comercial. 
  5. Logo na recepção, uma mulher apontou para um homem e disse: "Ele vai te atender". Ao bater os olhos no vendedor, Paulo teve uma certeza: "Eu já havia cruzado com ele várias vezes na academia". 
  6. O advogado não foi direto ao ponto, ele esperou o momento certo para agir. Quando os dois ficaram a sós, Paulo acionou o alarme do aplicativo, o que fez com que um som saísse de dentro do bolso do vendedor. E foi nesse momento, que ele falou:  "Moço, dá licença, eu sou o dono do aparelho". Na sequência, pegou os fones da mão do homem.
  7. Apesar da surpresa do vendedor, Paulo não quis gerar nenhuma confusão, ele apenas pegou seu aparelho, e se dirigiu a saída do comércio. 
  8. "Ele ficou ainda mais chocado quando mostrei que estava monitorando os passos dele". "Você mora na rua tal, não? E você esteve na praia...", comentou o advogado com vendedor, que pediu desculpas pela situação gerada. 
  9. Feliz, tranquilo e com seu fone de ouvido, o advogado se diverte com os frutos do relato viral: algumas cantadas por mensagem, reencontro com amigos com quem não falava havia tempos, clientes do exterior que passaram a repercutir o caso.
  10. "Estou chocado. Eu estava falando para o meu cercadinho, e agora estou com mais de 8 milhões de visualizações."

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