Renato Cariani é investigado por sonegação de mansão em Campos de Jordão, SP

Empresário não declarou o imóvel no Imposto de Renda

O influenciador e empresário Renato Cariani, de 47 anos, que é réu por suspeita de tráfico de drogas, também está sendo investigado por uma possível sonegação de uma mansão em Campos do Jordão, no Interior de São Paulo. As informações são do jornal O Globo.

Segundo a Polícia Federal, Cariani não incluiu o imóvel nas declarações de Imposto de Renda. A mansão teria sido comprada pelo empresário em 2012 por R$ 470 mil. Durante depoimento, ele confirmou a compra.

O influenciador revelou que a residência pertencia a um cidadão americano e um brasileiro. Após a morte do americano, a família teria ignorado os direitos sobre metade do imóvel. Cariani teria comprado apenas a parte que pertencia ao brasileiro. 

De acordo com a Polícia Federal, o empresário possui outras casas declaradas em seu Imposto de Renda, o que levantou suspeitas sobre uma possível ocultação de patrimônio ao não declarar a mansão de Campos do Jordão. As circunstâncias sobre a aquisição da casa estão sendo investigadas.

Cariani chegou a exibir o imóvel em um vídeo publicado em 2020 no YouTube. Na gravação é possível ver que a residência possui dois pavimentos, quadra de tênis, academia e piscina. A publicação conta com mais de 450 mil visualizações.

SUSPEITA DE TRÁFICO DE DROGAS

O influenciador fitness Renato Cariani virou réu por suspeita de tráfico de drogas, após a Justiça de Diadema, no ABC Paulista, acatar a denúncia do Ministério Público de São Paulo. Outras quatro pessoas também foram denunciadas pelo crime: Roseli Dorth, Fabio Spinola Mota, Andreia Domingues Ferreira e Rodrigo Gomes Pereira. 

As investigações da Polícia Federal apontam Fábio como intermediador no fornecimento de substâncias entre a empresa que ele é sócio e uma rede criminosa de tráfico internacional de drogas, como crack e cocaína. Ele chegou a ser indiciado pela PF por associação para tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico equiparado, em que o acusado não teria se envolvido diretamente com drogas ilícitas, mas com produtos químicos destinados à preparação de entorpecentes.

De acordo com o Ministério Público, os réus, "pelo menos sessenta vezes, produziram, venderam e forneceram, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, mais de doze toneladas de produtos químicos destinados à preparação de drogas. (...) Os valores provenientes dos crimes de tráfico de drogas acima noticiados, por meio de depósitos em espécie realizados por interpostas pessoas, convertendo em ativo lícito o montante aproximado de R$ 2.407.216,00". 

Em nota divulgada pelo g1, a defesa do influenciador classifica a acusação como “gravemente equivocada” e diz que essa é uma das investigações “mais abusivas” já presenciadas, alegando que o MP e a Polícia Federal recusaram depoimentos e ignoraram notas fiscais.