Ronnie Lessa foi apontado em delação premiada pelo ex-PM Élcio Queiroz como autor dos disparos que matou Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. O ex-sargento reformado foi expulso da Polícia Militar em fevereiro de 2023. Ele havia sido preso em março de 2019 por suspeita de envolvimento nos crimes. Em 2021, foi condenado pela ocultação de armas que teriam sido utilizadas nas execuções.
Lessa entrou na Polícia Militar em 1992 e era egresso do Exército. Conforme apuração do jornal Extra, o ex-PM tinha histórico de frieza e era associado a crimes de mando pela eficiência no gatilho.
Em 8 de fevereiro, segundo a decisão de expulsão da corporação, publicada no boletim interno da PM, a conduta do agora ex-policial foi “execrável”, com a decisão sendo tomada “a bem da disciplina” da corporação.
A 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro também condenou Lessa em agosto de 2021 por tráfico internacional de armas. A esposa dele, Elaine Pereira Figueiredo, foi absolvida do caso. O ex-PM respondia também a um processo disciplinar.
Mandante não revelado
Ronnie Lessa e Élcio Queiroz estão presos e aguardam julgamento do Tribunal do Júri. O ex-PM disse não saber de quem foi a ordem para matar a vereadora, segundo informado pelos investigadores em nova coletiva de imprensa realizada pela PF e pelo MPRJ, no fim da manhã desta segunda (24).
A motivação para o crime seriam as causas defendidas por Marielle Franco, segundo o promotor do caso, Eduardo Martins, mas ainda não está descartado outras motivações.