Uma quadrilha formada por jovens que invadia mansões e apartamentos de luxo foi desarticulada em uma ação conjunta de policiais civis dos estados de São Paulo e Alagoas. O grupo, que agia principalmente no interior de São Paulo, mas expandiu a atuação para estados do Nordeste, usava telefones e carros com placas clonadas, além de ter acesso a um sistema de monitoramento de viaturas da PM.
Formada por pessoas entre 18 e 35 anos, a quadrilha chegou a planejar um furto a cobertura que pertence ao senador e ex-presidente da República Fernando Collor em Maceió. As informações são do Fantástico, da TV Globo.
Áudios de conversas do grupo obtidos pela polícia revelaram que, para tanto, eles iriam reservar quartos de uma pousada próxima a Maceió. Em parceria, as polícias civis de Maceió e São Paulo investigaram o grupo e conseguiram prender integrantes antes da ação ser efetivada.
Modus operandi
Monitorando ocorrências e viaturas da PM, o grupo conseguia se precaver para agir sem a possibilidade de ser flagrado em ação. Além do monitoramento da força policial, a quadrilha também tinha acesso a dados pessoais de possíveis vítimas obtidos clandestinamente.
Luiz Fernando Schneider, que foi preso em São Paulo, é descrito como o principal nome da quadrilha. Era ele quem conseguia as informações necessárias para as ações.
Conforme o delegado José Abonízio compartilhou à reportagem do programa, a quadrilha levava homens entre 25 e 35 anos para arrombar portões quando os roubos eram em casas.
Já em apartamentos, jovens de 18 a 22 anos agiam em dupla e se passavam por moradores ou hóspedes para entrar nos locais.
Compra de lanche identificou suspeita
A quadrilha foi descoberta após uma das integrantes comprar um lanche antes de um dos assaltos. As câmeras de segurança do local foram examinadas e foi possível encontrar a suspeita, Maria Luyza, de 20 anos.
A jovem participou de um assalto ao condomínio onde mora o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal. Após ela ser identificada, outros onze suspeitos, incluindo o líder, também foram descobertos.
Dos 12 identificados, nove foram presos, incluindo Maria Luyza e Luiz Fernando. O líder chegou a confessar os crimes, mas negou tudo em depoimento posterior.
Ao Fantástico, a defesa de Luiz Fernando afirmou que ele provaria a inocência na investigação. Segundo o programa, Maria Luyza não teria ainda advogado no processo.