A professora Alessandra Abdalla, de 45 anos, foi assassinada nesta quinta-feira (24) após ter denunciado o suspeito do crime à Polícia Civil por sequestro e ameaça de morte com uma arma há 10 dias em Florianópolis, capital de Santa Catarina. O homem é um policial militar que não foi localizado.
Alessandra foi morta na manhã desta quinta-feira, no bairro Tapera, ao chegar para trabalhar. A professora era servidora pública há quase 10 anos e recebeu uma homenagem da Prefeitura de Florianópolis. As informações são do portal G1.
"Estamos abalados com um ato monstruoso como esse”, declarou Maurício Fernandes, secretário de Educação. O crime aconteceu a poucos metros do local de trabalho de Alessandra, conforme a Prefeitura.
A vítima abriu um boletim de ocorrência no dia 15 de novembro com o relato de sequestro e ameaça de morte com uma arma. Naquele mesmo dia, a Justiça deferiu a medida protetiva contra o ex-companheiro, que é policial militar.
O homem em questão não foi localizado e o inquérito policial em andamento é conduzido na cidade de Palhoça, na Grande Florianópolis, onde a vítima morava.
O suspeito está lotado no 4º Batalhão para realização de serviços administrativos e está com "restrição do serviço operacional", conforme a Polícia Militar. O motivo não foi detalhado.
Segundo feminicídio
As buscas pelo foragido acontecem com apoio do Batalhão de Operações Especiais (BOPE). O caso é considerado uma prioridade para a Polícia Militar.
“O comando do 4º BPM esclarece que não tinha conhecimento de a mulher já havia pedido uma medida protetiva contra o ex-companheiro”, completou.
A morte de Alessandra é o segundo feminicídio na região em cerca de duas horas. Outra mulher, de 33 anos, foi encontrada carbonizada num apartamento em Tijucas e o suspeito do caso também está desaparecido.