O procurador do estado de Minas Gerais, Bruno Resende Rabello, cuspiu e tentou agredir uma funcionária de um shopping na região Centro-Sul de Belo Horizonte na noite da última segunda-feira (8). As câmeras de segurança registraram o momento em que a mulher, que atendia no cinema do empreendimento, sofreu a tentativa de agressão.
Segundo o g1, o homem é servidor da Advocacia-Geral de Minas Gerais (AGE-MG) e ocupa o cargo de procurador do estado.
A mulher, de 25 anos, revelou ao mesmo portal que o caso ocorreu quando ela chegou à recepção com o pedido de outro cliente. Nesse momento, o homem teria sido visto esmurrando a porta, dizendo que queria a pipoca dele. No entanto, na sessão comprada por ele os produtos são entregues dentro da sala de cinema, enquanto os refis devem ser repostos pelo cliente do lado de fora.
Veja:
"Pedi para o meu gerente mandar o pedido dele pelo elevador e, quando fui entregar, ele puxou a bandeja da minha mão, falando que queria o refil na sala de cinema. Eu tentei explicar que a gente não faz o refil dentro da sala, que a pessoa vai na recepção para repor, e ele continuou a gritar, falando que eu era obrigada e que iria me filmar", disse ela.
Logo depois, o homem ainda teria seguido a mulher pela recepção do estabelecimento. As imagens mostram que ele teria tentado filmar a mulher e, em seguida, agredi-la.
Um boletim de ocorrência foi registrado sobre o caso após a polícia ter sido chamada pelo gerente. O suspeito fugiu do local, mas a nota da compra demonstrada com o CPF dele. Ele foi identificado como procurador do estado com atuação na Procuradoria de Direitos Difusos, Obrigações e Patrimônio de MG, com salário bruto de mais de R$ 32 mil.
Repercussão do caso
A Polícia Civil afirmou em nota que o crime em questão depende de representação criminal para instauração de inquérito policial. Por conta disso, a recomendação é para que a vítima compareça à delegacia.
Após a repercussão, o DiamondMall e a Cinemark lamentaram o ocorrido, afirmando que estão prestando o apoio necessário à colaboradora. As imagens, inclusive, estariam à disposição das autoridades.
Já a AGE-MG, onde o procurador atua, reforça que "não compactua com eventuais desvios de condutas de quaisquer de seus integrantes".