O senador Delcídio Amaral (PT-MS) foi preso na manhã desta quarta-feira (25) pela Polícia Federal numa operação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), depois que o Ministério Público Federal (MPF) apresentou evidências de que o legislador estaria obstruindo as investigações da operação Lava-Jato.
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O parlamentar teria sido preso em flagrante por ameaçar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e oferecer a ele fuga do Brasil, o que configuraria obstrução da Justiça. A motivação seria evitar que Cerveró revelasse informações sobre o esquema de corrupção da estatal, incluindo a compra da refinaria de Pasadena (Texas), nos Estados Unidos. A prisão é preventiva, ou seja, não há prazo definido para que amaral deixe a prisão.
A negociação entre Delcídio do Amaral foi gravada por um filho de Cerveró. Também foram presos na ção o banqueiro André Esteves, presidente do banco BTG Pactual; o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira; e o advogado Edson Ribeiro, que já trabalhou para Cerveró.
Esta é a primeira vez que um senador com mandato em exercício é preso, já que a Constituição Federal só permite a prisão de parlamentar em crime flagrante de crime. A PF também fez busca e apreensão no gabinete do petista, no Senado, em Brasília, e nos estados do Rio, de São Paulo e de Mato Grosso do Sul. A prisão foi autorizada pelo ministro-relator da Operação Lava-Jato no STF, Teori Zavaski.
A prisão de Delcídio é resultado de uma operação deflagrada pela Polícia Federal, que também tem como alvo empresários. Não se trata de uma fase da Lava Jato tocada em Curitiba, na 1ª instância.