Polícia Civil identifica as cinco vítimas mortas em ataque à escola no oeste de Santa Catarina

Duas funcionárias e três crianças morreram nesta terça-feira (4)

A Polícia Civil confirmou o nome das cinco pessoas mortas no ataque a uma escola infantil, na cidade de Saudades, em Santa Catarina, nesta terça-feira (4). As informações são do portal G1.

Entre as vítimas, estão Keli Adriane Aniecevski, de 30 anos, professora da escola; e Mirla Amanda Renner Costa, de 20 anos, agente educacional da creche. 

As crianças mortas são Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses; Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses; e Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses. 

Outra criança, de 1 ano e 8 meses, ficou ferida e precisou passar por cirurgia. 

A professora trabalhava na escola há mais de dez anos, segundo informação da família. Já a agente educacional cursava engenharia química na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), que decretou luto de três dias pela morte dela. Mirla chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Creche invadida

A escola foi invadida por um adolescente nesta terça, que esfaqueou as vítimas com um facão. Ele foi apreendido após o crime.

A creche se chama Aquarela, atende crianças entre dois e seis anos, e está localizada na rua Quintino Bocaiúva, que compreende os bairros Laje de Pedra e Sagrada Família, em Saudades.

As primeiras ligações de socorro teriam sido registradas por volta das 11h, segundo a Polícia Militar. A ocorrência ficou a cargo do 2º Batalhão da PM, da cidade de Chapecó.

Em nota, a Polícia Militar de Chapecó comentou os detalhes repassados por meio dos informes da ocorrência. Pelas informações recebidas, "um masculino entrou armado de arma branca tipo (facão), na Creche Aquarela Berçário - município de Saudades/SC, diversas ligações pedindo socorro da polícia, que o indivíduo estaria golpeando alunos e professores", aponta o comunicado.

O Corpo de Bombeiros, que também esteve na escola municipal, isolou a área. 

Governador afastado lamenta

Ainda na manhã desta terça, o governador afastado de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), prestou solidariedade às famílias das vítimas.

Em publicação no Twitter, ele afirmou que "todas as energias das forças de segurança da região devem ser empregadas no esclarecimento" do ocorrido na escola municipal. 

Cenas no local

Além do governador afastado de SC, quem também prestou esclarecimentos sobre o caso foi a secretária de Educação de Saudades, Gisela Hermann. Segundo publicação do G1, a titular da pasta ressaltou o momento assustador visto pelas autoridades.

"Chegamos lá, uma cena de terror. Consegui entrar na escola. Tinha uma cara deitado no chão, mas ainda vivo, uma professora morta, uma criança morta também. A sala estava fechada, não deixaram a gente entrar", relatou.

Durante o posicionamento, Hermann ressaltou a perplexidade entre os moradores da cidade e os que investigam o crime. "Estou em estado de choque. Estamos todos em estado de choque", pontuou.

Jovem é conhecido na comunidade

A repórter Simone Fernandes, que trabalha na Rádio Saudades, no município, concedeu entrevista à Rádio Gaúcha e disse que o jovem que cometeu o ataque é conhecido por todos na comunidade como uma pessoa "comum". 

Segundo a jornalista, a cidade parou após o crime. "Ficamos sem chão. Ninguém esperava um ato desses, de desumanidade na nossa cidade. A cidade parou, está todo mundo em frente à escola prestando solidariedade aos pais. São pessoas da nossa convivência", comenta.