Pelo menos 10 casos de assédio e importunação sexual de funcionárias da Petrobras foram comprovadas pela empresa em um conjunto de 81 denúncias feitas entre 2019 e 2022. As informações são do portal g1.
Após dezenas de relatos virem à tona em abril deste ano, a Petrobras decidiu realizar um raio-x dos casos e centralizar as apurações na ouvidoria.
A empresa diz ter concluído a investigação de 80 casos no último mês, com uma apuração ainda em andamento. Em dez casos, a empresa comprovou total ou parcialmente os fatos relatados pelas denunciantes.
Demissões
Por conta das denúncias, cinco pessoas foram demitidas. Além das demissões, também houve registro de suspensões ou providências administrativas, como o afastamento do assediador do convívio da vítima, com mudança de setor ou unidade.
Quatro novas denúncias de assédio foram registradas de abril até junho (duas ocorreram em 2023, uma em 2022 e outra sem ano identificado) e mais 11 denúncias de importunação sexual. Os casos estão sob investigação.
Segundo o diretor de governança da Petrobras, Mário Spinelli, "o assédio sexual envolve uma conscientização de todos os envolvidos, de todos os níveis da companhia".
Ele diz que o assunto tem sido muito debatido dentro da empresa e que o grupo de trabalho tem procurado criar um ambiente que acolha as vítimas e ofereça atendimento psicológico.