Pena de Marcola por roubo milionário a Banco do Brasil é reduzida pela Justiça

O líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) segue condenado a mais de 300 anos de prisão por outros crimes

Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, teve pena por roubo milionário ao Banco do Brasil reduzida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Por esse crime, o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) cumprirá 7 anos e 15 dias, contudo, ele segue condenado a mais de 300 anos de prisão por outros crimes.

"Por consequência, a pena final do revisionando deve ser redimensionada para sete anos de reclusão e pagamento de 15 dias-multa, no valor unitário mínimo legal, mantido o regime inicial fechado, haja vista a reincidência do réu e a avaliação de circunstâncias judiciais do art. 59 do CP em seu demérito", diz decisão assinada pelo desembargador Gilberto Giraldelli, relator do caso, na última sexta-feira (21).

O crime ocorreu em março de 1999, quando Marcola, Ricardinho, Djalma, Baiano, Juninho (ou Wagner), Luiz Gordo (ou Luiz Nogueira) e Cláudio furtaram R$ 6,1 milhões. O traficante deveria cumprir 7 anos, sete meses e 22 dias pelo crime. 

Bruno Ferullo Rita, advogado do líder do PCC, alega que terem ocorridos erros na condenação.  

Relembre o crime

Em 31 de março de 1999, por volta de 18h40, Marcola e os comparsas renderam o gerente geral da agência central do Banco do Brasil, em Cuiabá, e familiares dele em uma chácara. A esposa e o filho de um bancário também foram sequestrados. 

Eles se passaram por funcionários do BB vindos de Brasília e renderam outros funcionários com diversas armas. 

"Os vigilantes e outros funcionários que ali ainda se encontravam, mediante grave ameaça exercida com o emprego de metralhadoras, granadas e pistolas. de lá subtraíram R$ 6.180.000 (seis milhões, cento e oitenta mil reais) em espécie, além de US$ 199.800 (cento e noventa e nove mil e oitocentos dólares americanos) também em espécie, empreendendo fuga em seguida", diz documento.