Paraquedista morto estava no terceiro salto do dia, relata amigo; Confederação investiga caso

O caso ocorreu no Centro Nacional de Paraquedismo de Boituva, em São Paulo, em 11 de outubro

A Confederação Brasileira de Paraquedismo informou, nesta segunda-feira (16), que irá investigar as causas da morte de Humberto Siqueira Nogueira. O empresário, segundo um amigo, estava em seu terceiro salto do dia, na última quarta-feira (11). 

Ao Estadão, o também paraquedista Paulo Pires, 45, contou que o amigo era um "atleta extremamente preparado". "No último salto do dia, que foi o terceiro salto do dia para ser mais exato, ele estava fazendo um pouso padrão como diversas outras vezes, e algo aconteceu”, relatou. 

Pires descreveu ainda como Humberto se acidentou. “Ele acabou colidindo com o chão de uma maneira que gerou uma lesão dentro do tórax dele, e infelizmente, ele parou de respirar”, contou.

Ainda conforme o amigo, juntos, eles tiveram destaque dentro no esporte. "O Beto era um cara extremamente atlético, multiesportivo, pedalava em alta performance, fazia escalada, tinha um porte físico extremamente preparado para qualquer tipo de atleta. Era casado, pai, um empresário, um cara incrível”, relembrou. 

Não há uma precisão sobre o que, de fato, aconteceu com Humberto. "Meteorologia boa, clima agradável, não tinha nenhum vento que pudesse interferir nas ações do atleta", relatou Pires. Amigos e familiares aguardam imagem do momento e a perícia do equipamento. 

Confederação investiga o caso

A Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPq) relatou que irá investigar as causas da morte do paraquedista. Ao g1, a CBPq informou que "mantém compromisso com a segurança e a integridade de todos os envolvidos na atividade esportiva e se solidariza com os afetados". 

A Polícia Civil informou que segue ouvindo testemunhas. Os equipamentos utilizados pelo empresário também serão analisados. 

Relembre o caso

O paraquedista de 49 anos era natural de Goiânia (GO), e morreu durante um salto em Boituva (SP). 

Humberto foi levado para um hospital da cidade com parada cardiorrespiratória e não resistiu. 

Paulo Pires, amigo de Humberto, destacou que o paraquedista era conhecido mundialmente pela modalidade de freefly. "Ele demonstrou um entendimento e um interesse muito precoce pelas coisas que eu estava fazendo e acabei trazendo ele pro meu lado”, destacou.