Novo leilão para compra de arroz é anulado por suspeitas de irregularidade

De acordo com Edegar Pretto, um novo procedimento, "mais ajustado", será realizado

O leilão público para a compra de arroz importado foi suspenso, segundo anúncio do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, nesta terça-feira (11). De acordo com o gestor, um novo procedimento, "mais ajustado", será realizado. As informações são do portal g1.

O motivo da anulação foi a suspeita de irregularidades no leilão, realizado na última quinta-feira (6), para a compra de 263 mil toneladas de arroz.

"Pretendemos fazer um novo leilão, quem sabe em outros modelos, para que a gente possa ter garantia que vamos contratar empresa com capacidade técnica e financeira [...]. A decisão é anular este leilão e proceder um novo mais ajustado", afirmou Pretto no Palácio do Planalto.

Conforme Edegar Pretto, a importação de arroz deverá estabilizar os preços no mercado interno, que tiveram uma alta média de 14%, chegando em alguns lugares a 100% devido às inundações no Rio Grande do Sul, que produz cerca de 70% do arroz consumido no país. A produção local foi atingida tanto na lavoura como em armazéns, além de ter a distribuição afetada por questões logísticas no estado. 

Leilão

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) promoveu na última quinta-feira (6) um leilão público para a compra de arroz importado. Por ter subsídio do governo, o preço máximo do produto foi de R$ 20 o pacote de 5 kg, em embalagens com identificação do governo federal — ou seja, R$ 4 o quilo. Foram adquiridos 263,3 mil toneladas do produto que seriam distribuídas no prazo de 45 a 60 dias. A compra do grão ocorre devido à incapacidade do Rio Grande do Sul de exportar o produto após a tragédia climática que ocorre no estado.

Uma loja que tem como atividade principal a venda de leite e laticínios em Macapá, no Amapá, foi a principal arrematante do leilão de arroz do Governo Federal que ocorreu na quinta (6). O negócio havia adquirido o direito de vender 147,3 mil toneladas do cereal.

Ao todo, quatro empresas haviam vencido. Além da loja de leite e laticínios, outro estabelecimento de Brasília também estava entre os arrematantes. O dono da empresa em questão disse à Justiça que já pagou propina para conseguir um contrato com a Secretaria de Transportes do Distrito Federal.