A mulher que confessou ter assassinado o filho e jogá-lo no rio Tramandaí, Litoral Norte do Rio Grande do Sul, o obrigava a escrever frases ofensivas. Nessa terça-feira (3), cinco dias após o crime, a Polícia Civil encontrou o caderno onde as anotações eram registradas. O corpo da vítima continua desaparecido.
O delegado Antonio Carlos Ractz informou ao G1 que Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, copiava frases como "eu sou um idiota", "não mereço a mamãe que eu tenho", "eu sou ladrão, "eu sou ruim" e "eu sou um filho horrível".
Uso de corrente
Durante as buscas feitas em dois apartamentos, no Balneário de Santa Terezinha e no Centro de Imbé, os agentes também encontraram uma corrente, supostamente usada para manter o garoto preso e evitar fugas.
Trechos de uma conversa recuperada pela polícia entre Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, mãe de Miguel, e a companheira dela, Bruna Nathieli Porto da Rosa, também presa, mostram, inclusive, as duas mulheres escolhendo qual corrente iriam comprar.
Prisão
O casal foi capturado no dia 29 e julho. Ao G1, o delegado informou que a mãe confessou ter dado remédio para a criança, que vivia sob tortura física e psicológica.
Yasmin e Bruna tiveram a prisão convertida para preventiva e foram transferidas para a Penitenciária Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
A reportagem não conseguiu localizar os advogados de defesa da mãe da vítima. Já a advogada de Bruna informou que irá emitir nota após concluir a análise do inquérito e as provas produzidas.