Mulher e companheira são presas no Rio de Janeiro suspeitas de matarem criança de 3 anos

Menino era filho de uma das mulheres e apresentava sinais de espancamento pelo corpo

Duas mulheres foram presas no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, nesse domingo (30), suspeitas de matarem um menino de três anos e nove meses. Uma das presas é a mãe da criança, identificada como Pamela Viana Cardoso de Sousa, e a outra é sua companheira, Lorranny Beatriz Cosme. As informações são do G1.

Segundo um morador da região, Pamela se mudou de São Paulo para morar com Lorranny na comunidade. E, desde que o filho dela passou a morar com as duas, o menino começou a aparecer com diversos machucados pelo corpo.

Além disso, o vizinho relatou que o casal dizia não saber o que causava os machados em Davi Lucca e que, um dia, quando o garoto apareceu com o braço quebrado, as duas afirmaram que ele havia caído da escada de casa.

"A criança só aparecia machucada, com uma marca roxa aqui, uma marca roxa ali, e sempre falavam que não tinha acontecido nada, que ele tinha caído, que ele tinha se machucado brincando. Até que um dia o Davi apareceu com o braço quebrado e uma marca na barriga, e elas falaram que ele se machucou caindo da escada", contou a testemunha.

Morte da criança

Ainda conforme o vizinho, Pamela e Lorranny haviam passado um mês fora de casa e, no domingo, retornaram com o menino passando mal. A Polícia Civil informou que o casal chegou a levar Davi Lucca para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castillo, na zona norte do Rio, mas o menino sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.

Davi tinha marcas de lesões pelo corpo que apontavam que ele tinha sofrido um possível espancamento. A Polícia só foi acionada, inclusive, porque a médica da unidade observou que o menino apresentava sinais de maus-tratos.

O que dizem as suspeitas

Lorranny contou que havia deixado Davi sozinho no quarto quando ouviu um estrondo e, em vez de levar o menino para uma unidade de saúde, deu tapas e sacolejos nele para fazê-lo voltar a respirar.

A Polícia constatou incoerências nos relatos dela e de Pamela e viu que o corpo da criança continha lesões incompatíveis com os depoimentos de ambas as suspeitas.