MP vê omissão de delegado no caso de escrivã encontrada morta em Minas Gerais

A policial Rafaela Drumond foi encontrada morta no dia 9 de junho em Carandaí (MG)

Após analisar o inquérito da Polícia Civil sobre o caso da morte da escrivã Rafaela Drumond, em Carandaí (MG), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entendeu que houve omissão na conduta do delegado Itamar Cláudio Netto, que trabalhava com a agente.

Rafaela foi encontrada morta na casa dos pais no dia 9 de junho. O caso foi registrado como suicídio. Após o falecimento da policial, o Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindep-MG) revelou que Rafaela havia feito diversas denúncias de assédio moral, sexual e pressão com a sobrecarga no trabalho.

O MPMG solicitou uma audiência preliminar com Itamar. Segundo o Ministério Público, foi identificado crime de condescendência criminosa pelo delegado por não ter adotado as medidas disciplinares cabíveis.

O caso foi enviado ao Juizado Especial Criminal de Carandaí e audiência preliminar será agendada, com o objetivo de eventual transação penal (acordo) contra o delegado.