Motorista de Porsche que matou motociclista vai a júri popular em São Paulo

O Ministério Público acusa empresário de beber e provocar um acidente trânsito a mais de 100 km/h na Avenida Salim Farah Maluf

A Justiça manteve a prisão preventiva do motorista do Porsche azul envolvido em um acidente que matou um homem e feriu gravemente outro, em 31 de março, na capital paulista. Ainda conforme decisão divulgada pelo G1, na tarde deste domingo (29), o homem irá passar por júri popular, que ainda não tem data marcada.

O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho é réu no processo no qual é acusado de homicídio qualificado por "perigo comum" — ter colocado a vida de outras pessoas em risco — cometido na modalidade de "dolo eventual", por assumir o risco de matar o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana e "lesão corporal gravíssima", ao ferir o amigo Marcus Vinicius Machado Rocha. 

O Ministério Público (MP) acusa o empresário de beber e provocar um acidente trânsito a mais de 100 km/h na Avenida Salim Farah Maluf.

O limite para a via é de 50 km/h, mas laudo do Instituto de Criminalística (IC) indicou que o Porsche bateu na traseira do Renault Sandero de Ornaldo a 136 km/h

A colisão também feriu gravemente o estudante de medicina Marcus, que estava no banco do passageiro do carro de luxo. Ele quebrou quatro costelas, ficou dez dias internado num hospital, onde foi operado para retirada do baço e colocação de drenos nos pulmões. O amigo já teve alta.

A acusação foi feita pela promotora Monique Ratton e segue com a promotora Letícia Stuginski Stoffa.

Preso desde maio

Fernando Sastre responde preso pelos crimes. Ele está detido preventivamente desde 6 de maio. Atualmente, aguarda na Penitenciária de Tremembé, no interior paulista, a data para ser julgado. A prisão preventiva não tem prazo, mas é, em tese, medida para manter alguém detido até que seja levado a julgamento.

O júri será conduzido pelo juiz Roberto Zanichelli Cintra e ocorrerá no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo. O magistrado pronunciou Fernando, ou seja, entendeu que há indícios de que o empresário é suspeito de ter cometido os crimes. E que, por esses motivos, precisa ser levado a julgamento.