O Ministério da Saúde poderá não levar adiante as tratativas com o Instituto Butantan para aquisição de 30 milhões de doses da CoronaVac. A Pasta alegou que a vacina não pode ser usada como dose de reforço, sendo este o motivo para a desistência do contrato. As informações são do jornal Valor Econômico.
Segundo a reportagem, o assunto foi debatido na última segunda-feira (27) em uma reunião entre técnicos da Pasta, do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
A decisão recebeu o apoio das entidades durante o encontro, que validaram a justificativa do Ministério da Saúde. Orientação divulgada pela Pasta é que os municípios apliquem preferencialmente doses da Pfizer. Na falta desta, podem ser usados os imunizantes da Janssen ou AstraZeneca.
A medida antecipada pelo jornal ainda não foi oficialmente divulgada pelo Governo Federal.
Ao Valor, o Instituto Butantan informou que concluiu a entrega de 100 milhões de doses de CoronaVac previstas no Plano Nacional de Imunização (PNI), e confirmou que não houve acordo com a Pasta para a aquisição das outras 30 milhões de doses.
A Pasta também foi procurada, mas não se posiciou sobre o assunto.
Entregas
Além das 100 milhões de doses, o Butantan iniciou a entrega de 2,5 milhões de imunizantes frutos de compra direta do Ceará, Espírito Santo, Pará, Piauí e Mato Grosso.
O Ceará adquiriu três milhões de doses. Deste total, 300 mil foram entregues no último dia 22 de setembro. O restante será enviado mediante demanda da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).
Com a aquisição do volume, o Ceará alcançou estoque de imunizantes suficiente para concluir a vacinação contra a Covid-19 de 100% da população adulta em todo o Estado, incluindo as primeira e segundas doses (D1 e D2).