Após o surgimento de 44 casos de hepatite aguda infantil no Brasil, o Ministério da Saúde instalou uma sala para investigar as ocorrências de origem desconhecida. O espaço, aberto na última sexta-feira (13), deve monitorar as notificações e apoiar as investigações sobre as causas da enfermidade.
De acordo com a Agência Brasil, a sala seguirá ativa todos os dias da semana e buscará padronizar as informações apuradas.
Todas as secretarias municipais e estaduais de saúde, assim como os laboratórios centrais e de saúde pública foram orientados a notificar os casos.
"O objetivo também é contribuir para o esforço internacional na busca de identificação do agente etiológico responsável pela ocorrência da hepatite aguda de causa ainda desconhecida".
Casos no Brasil
O País concentra 44 casos de hepatite aguda já notificados, porém, três foram descartados e os outros seguem em monitoramento. Dentre os estados que já reportaram ocorrências à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério, estão:
- São Paulo: 14 casos;
- Minas Gerais: 7 casos;
- Rio de Janeiro: 6 casos;
- Paraná: 2 casos;
- Pernambuco: 3 casos;
- Santa Catarina: 3 casos;
- Rio Grande do Sul: 3 casos;
- Mato Grosso do Sul: 2 casos;
- Espírito Santo: 1 caso.
A Agência Brasil ainda detalhou que a sala instaurada pelo Ministério agrega a participação de técnicos da pasta, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e de especialistas convidados.
Ocorrências internacionais
Em cenário internacional, pelo menos 20 países já registraram cerca de 200 casos de hepatite de origem desconhecida, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Apesar da doença não se manifestar de modo severo, o transplante de fígado foi necessário em cerca de 10% das ocorrências.
A maioria dos casos reportados, até o último dia 29, se concentraram no Reino Unido, representando 163 pacientes. Além desse país, também tiveram casos da doença:
- Espanha;
- Dinamarca;
- Irlanda;
- Itália;
- Noruega;
- França;
- Romênia;
- Bélgica;
- Argentina;
- Holanda;
- Israel;
- Estados Unidos.
A hepatite aguda tem afetado principalmente crianças e jovens entre um mês de vida até os 16 anos. Até este mês, foi relatada somente a morte de um paciente.