Um menino de 2 anos está desaparecido desde o último sábado (10), em Usina Três Bocas, na zona rural de Londrina (PR). A criança sumiu no parque Daissaku Ikeda e foi criada uma força-tarefa para localizá-lo. Polícia investiga negligência parental.
O Corpo de Bombeiros de Londrina decidiu ampliar as buscas pela criança, nesta sexta-feira (16). Até então, a corporação havia percorrido um trajeto de 13 quilômetros no local onde a criança foi vista pela última vez.
A mãe afirmou ao Corpo de Bombeiros que colocou o menino no carro para voltar para casa e notou o desaparecimento no meio do trajeto, segundo divulgado pelo g1. Responsável pelo caso, a delegada Lívia Pini, a criança poderia ter deixado o veículo em dois momentos.
"Um em que estão arrumando as coisas e que deixam a criança no carro. Um outro momento seria em que ele [menino] pega a mangueira, um pouco menos provável, porque ele [namorado da mãe] fala que abre a porta e pega a mangueira do chão, momento em que a criança poderia ter saído pelo vão atrás do vão do banco do motorista" contou.
Ela voltou para o parque, mas não encontrou o menino e reportou o sumiço à polícia. O sargento do Corpo de Bombeiros, Gustavo Elvira, afirmou que a forte correnteza no parque acaba dificultando as buscas.
O parque Daisaku Ikeda está oficialmente fechado desde 2016, devido ao comprometimento da estrutura por fortes chuvas. No entanto, em entrevista à RPC, Diego da Rocha, tio da criança, afirmou que a família costuma ir ao local nos finais de semana.
Buscas ampliadas
Segundo noticiado pelo g1, as primeiras horas de buscas ocorreram na noite de sábado, no Ribeirão Três Bocas. Área que concentrava uma usina hidrelétrica, desativada da década de 1980.
No domingo (11) e na segunda-feira (12), uma região de mata que passa no meio do parque municipal foi vasculhada pelos bombeiros. E três dias seguintes, ou seja, no restante dessa semana, oficiais se concentraram em uma área de 13 quilômetros do Ribeirão Três Bocas - um rio cheio de curvas, uma na sequência da outra, e com várias áreas de remanso.
Nesta sexta, as buscas serão ampliadas pelo rio Tibagi, região bem mais larga e extensa do que o Ribeirão três bocas.
Negligência parental
Lívia Pini, delegada responsável pelo caso, confirmou não ter suspeitas que de que a mãe e o padrasto do menino tenham cometido homicídio doloso. A investigação gira em torno de negligência. O celular do casal será periciado para analisar provas.
"A princípio não há suspeito de que [mãe e namorado] tenham praticado homicídio doloso contra essa criança. A gente está apurando uma eventual negligência no cuidado dela no momento que pode ter gerado um acidente", contou ao g1.
"Existe uma possibilidade dela [criança] ter saído do carro em um outro momento por onde seria relativamente mais fácil, mas isso não está claro como a criança saiu do veículo. No local não foi encontrado muito elemento de prova, vai ter que ser feita ainda a perícia no carro. Não tivemos o acesso ao laudo", contou a delegada.
A responsável pelo caso ainda descreve que não descarta nenhuma linha de investigação. "Existe a possibilidade de ter sido algo eventual ou de ter ocorrido um homicídio. É isso que vamos apurar no inquérito", explica.
Desaparecimento em parque
O menino de 2 anos foi ao parque com a mãe e o namorado dela, na tarde do último sábado (10). A mãe relatou aos bombeiros que colocou a criança no carro enquanto organizava os pertences para ir embora.
"Depois de um tempo, perceberam que o menino não estava no local e voltaram para buscar por ela", afirmou o sargento Nivaldo. A mãe e o namorado compareceram à Delegacia da Polícia Civil para prestar depoimento.
Não foi divulgado qual a principal hipótese para o desaparecimento da criança. O tio da criança, Diego da Rocha, afirmou à TV RPC que a família sempre vai ao parque nos finais de semana.