Médico Wesley Murakami acusado de deformar pacientes é condenado a mais de 9 anos de prisão

Juiz considerou que Wesley estava ciente das dores, transtornos e constrangimentos causados nas vítimas

Após ser acusado de deformar o rosto de pacientes, o médico Wesley Murakami foi condenado a 9 anos, 10 meses e 10 dias de prisão por lesão corporal gravíssima contra nove vítimas. A decisão judicial, tomada pelo juiz Luciano Borges Da Silva, considerou que o profissional assumiu os riscos quando soube dos resultados negativos e seguiu praticando os procedimentos.

As vítimas do médico foram oito mulheres e um homem, que realizaram procedimentos em 2013, 2017 e 2018. Para além da deformidade no rosto, os pacientes tiveram quadros depressivos e ficaram com o psicológico afetado. As informações são do g1.

Em nota, a defesa do médico declarou que tomará as medidas judiciais cabíveis para o caso, mas que respeita a decisão do Judiciário. Wesley deve responder ao processo em liberdade, declarou o advogado André Bueno.

Falta de autorização para as cirurgias

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (CRM-GO) não havia dado autorização para Wesley realizar procedimentos estéticos. Na acusação, consta que depois das cirurgias, os clientes passaram por longa recuperação dolorosa, com as sequelas permanentes. Outras vítimas realizaram procedimentos reparadores.

Nos procedimentos, o médico fez uso do polimetilmetacrilato (PMM) e da toxina botulínica, sem ter habilitação legal. O registro profissional dele suspenso e Wesley precisou pagar uma indenização de R$ 60 mil para uma das clientes, e de R$ 24 mil para outra cliente. 

Em 2018, Wesley foi preso em Goiás, encaminhado para prisão em Brasília, mas foi solto no dia 17 de janeiro de 2019.