Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, demonstrou 'indignação' com os benefícios concedidos a Anna Carolina Jatobá pela Justiça de São Paulo. A mulher, condenada a 26 anos de prisão, foi uma das responsáveis pela morte da criança em 2008, mas atualmente cumpre pena em regime aberto.
Na última semana, a coluna True Crime, do jornal O Globo, apontou que Anna Jatobá, em regime aberto desde junho de 2023, já participou de uma festa de formatura, foi a uma praia no Guarujá e até seria madrinha em uma festa de casamento. Além disso, ainda teria visitado o túmulo de Isabella no último dia 29 de fevereiro.
"Eu não tenho como não expressar minha indignação por tudo que estou passando novamente. Eu sabia que essa hora iria chegar, mas a gente nunca espera que seja tão rápido", relatou a mãe da criança em entrevista ao jornal.
Ana Carolina Oliveira manteve relacionamento de três anos com Alexandre Nardoni, pai de Isabella e também condenado pela morte da criança a 30 de prisão. Próxima dos seis anos, a menina caiu do sexto andar do apartamento do pai e da madrasta quando estava sob os cuidados dos dois.
"Parece que foi ontem que minha filha foi assassinada. Hoje eles estão soltos; ele no regime semiaberto, e ela vivendo vida boa de luxo no aberto. (...) Fico revoltada porque ela ainda está pagando pena, mas goza dos mesmos prazeres das pessoas que nunca cometeram crimes", lamentou Ana Carolina em entrevista à coluna True Crime.
Pedidos na Justiça
Anna Jatobá só terá a pena finalizada em 2032, mas está em regime aberto desde o ano passado. Conforme as regras, nesse caso o preso deve estar em casa das 20h às 6h, mas Anna teve algumas exceções permitidas pela Justiça. Um dos exemplos foi a presença na formatura do filho mais velho.
Na ocasião em questão, ela conseguiu uma autorização assinada no dia 24 de janeiro pela juíza Nidea Rita Coltro Sorci, após parecer favorável do Ministério Público.
Em relação à visita no túmulo, a mãe de Isabelle definiu o ato como uma "provocação de extremo mau gosto". "O cúmulo da falta de respeito com a Isabella e comigo. Isso afeta a memória da minha filha e as lembranças que tenho dela", disse, acreditando que a mulher nunca iria ao local.
A mãe de Isabella ainda questionou como funciona a Justiça. "Hoje ela pode ir a shoppings, restaurantes, tem saído para festas, formaturas e conseguindo tudo que quer. Isso é vida de preso? Isso é vida de quem cometeu um crime tão cruel e brutal?", questionou na mesma entrevista.