Mãe de Ana Sophia acredita que suspeito enganou e atraiu vítima para sua casa

A menina de 8 anos sumiu na cidade de Bananeiras, Interior da Paraíba

Maria do Socorro, mãe da menina Ana Sophia, de 8 anos, que desapareceu na cidade de Bananeiras (PB) em julho deste ano, afirmou que não desconfiava de Tiago Fontes, principal suspeito do crime. Ela disse que tudo mudou após ter visto o vídeo capturado por câmeras de segurança e passou a ter certeza que a garota entrou na casa do homem.

"Nunca passou na mente da família. Passavam outras pessoas, mas não ele. Desde o início eu disse que era Sophia [entrando na casa de Tiago]. Eu sabia que não foi gente de longe. Foi gente que Sophia confiou. Ele ofereceu alguma coisa à minha filha. Ele enganou a minha menina", relatou.

As imagens foram submetidas a uma perícia da Polícia Civil, que confirmou na última sexta-feira (22), que ela entrou mesmo na casa de Tiago. Na quinta-feira (21), a Justiça decretou a prisão temporária dele por homicídio qualificado, mas ele não é visto desde o dia 11 de setembro, quando seria ouvido mais uma vez.

A mãe da criança disse que o acusado era conhecido da família, e que o desconforto dele perto da criança era perceptível. "Ele chegava lá com a filha dele. Sophia chegava perto. Ele não gostava que Sophia chegasse perto", lembrou em entrevista ao g1.

"Sophia era uma menina cheia de sonhos. Não tinha falta na escola. Chegava e dizia ‘mãe, quando crescer eu vou ser uma médica’. Sophia não tá mais viva. Eu não vou ver mais minha menina. Ele acabou com a minha vida. Eu só peço Justiça. Primeiro a de Deus, que não falha, e a da terra", lamentou.

A confirmação da perícia reforça a tese das autoridades policiais de que a estudante foi morta dentro da residência. Segundo o delegado Pablo Éverton, o suspeito teria conhecimento da rotina de Ana Sophia. 

Os advogados de Fontes alegaram que estão estudando qual instrumento irão adotar no enfrentamento da prisão e acrescentaram que não descartam a impetração de um habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça, depois que fizer um pedido de reconsideração ao magistrado.