Mais de 40 lutadores, entre colegas e amigos do campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo, estiveram na porta do 17º Distrito Policial, no Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, no último domingo (7). O objetivo era aguardar a chegada do tenente da Polícia Militar Henrique Otavio Oliveira, de 30 anos, suspeito de ser o responsável pela morte do atleta. As informações são da Folha de S. Paulo.
Leandro Lo foi atingido com um tiro na cabeça na madrugada de domingo, durante um show do grupo Pixote, no Clube Sírio, em São Paulo. Levado ao hospital, ele teve a morte cerebral constatada.
Enviado ao Presídio
Inicialmente, o delegado-geral da Polícia Civil São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, informou que o tenente seria levado para o 17º DP, para depois ser encaminhado ao Presídio Romão Gomes, da PM, na zona norte. Entretanto, ele foi enviado direto ao que seria o segundo destino.
O grupo em frente à delegacia gritou frases como "justiça", "jiu-jitsu, unido, jamais será vencido". Além disso, pediram para que a polícia mostrasse o rosto do atirador.
A polícia chegou a utilizar gás de pimenta para dispersar os homens, mas a situação foi tranquilizada rapidamente. Enquanto isso, outros lutadores e associações esportivas utilizaram as redes sociais para manifestar indignação com a morte.
PM se envolveu outras confusões
Apontado pela polícia como autor do tiro contra Leandro, o tenente da Polícia Militar Henrique Otavio Oliveira Velozo já tinha histórico de envolvimento em outra confusão.
Há cinco anos, ele foi acusado de agressão e desacato em uma casa noturna de São Paulo, quando teria desferido socos em um soldado que estava atendendo uma ocorrência no local.
Diante da acusação, o tenente alegou que agiu para separar pessoas que teriam agredido o primo dele. No entanto, testemunhas relatam que ele teria agredido o soldado mesmo sem nenhum indicativo de que ele feria o mesmo.