Júri popular de policial penal que matou tesoureiro do PT é adiado para 2024

A defesa alegou que uma nova evidência foi adicionada ao processo sem o conhecimento dos advogados

O júri popular do policial penal Jorge Guaranho, que matou o tesoureiro do PT Marcelo Arruda, foi adiado para 4 de abril de 2024. O caso ia ser julgado no próximo dia 7 de dezembro, mas a defesa disse que foi surpreendida com a inclusão de um laudo pericial no processo e pediu adiamento. 

Segundo a defesa do policial, "não foi intimada, nem tampouco participou da produção de provas naqueles autos". As informações são do g1

O laudo veio do celular de Claudinei Coco Esquarcini, que era o responsável por liberar senhas de acesso às imagens das câmeras de segurança do local onde ocorreu a festa de aniversário de Marcelo Arruda, onde ele foi morto a tiros. 

O registro de quem acessou as imagens no dia do crime, 9 de julho de 2022, foi apagado dois dias depois. Não foi possível saber quem teve o acesso, pois em 18 de julho daquele ano, Claudinei tirou a própria vida. 

"O conhecimento da confecção da presente prova se deu tão somente com a juntada tardia às vésperas do Julgamento em Plenário, evidenciando prejuízo enorme à defesa, por desconhecer a origem da prova, bem como não poder se manifestar na forma prevista em lei", diz texto do adiamento. 

RELEMBRE O CRIME

Marcelo Aloizio de Arruda tinha acabado de completar 50 anos de idade quando, em sua própria festa de aniversário, foi assassinado a tiros pelo policial penal federal Jorge Guaranho, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, em julho de 2022.

A festa tinha como tema o PT. O servidor foi levado ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos, deixando esposa e quatro filhos.

Guaranho chegou ao local do com uma arma de fogo nas mãos e aos gritos de "aqui é Bolsonaro". Após ser atingido, a vítima reagiu e atirou no agente, que foi socorrido para o hospital, e sobreviveu. 

O atirador está preso e vai a júri popular por homicídio duplamente qualificado.