Juliana Rangel, que foi baleada na cabeça por policiais rodoviários federais na véspera do Natal, já começou a respirar sem a ajuda de aparelhos e está consciente, sem sinais de sequelas permanentes.
Essas evoluções foram constatadas pela equipe médica do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), no Rio de Janeiro, onde ela está internada desde o último dia 24.
Apesar das melhorias, a jovem segue internada no Centro de Terapia Intensivo (CTI) respirando através da traqueostomia.
Em nota enviada ao jornal O Globo, os profissionais informaram que Juliana "vem evoluindo as condições neurológicas, apresentando abertura ocular espontânea, boa interação com o ambiente e as pessoas, se mostrando lúcida, obedecendo a comando, mobilizando os quatro membros e apresentando sensibilidade preservada".
Os médicos informaram que a há progressão também em relação ao "nível de consciência, sem novos déficits, recuperando as funções motoras e cognitivas ainda de maneira incipiente, mas sem sinais de sequelas permanentes irreversíveis"
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Entenda o caso
A jovem de 26 anos foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Rodovia Washington Luís (BR-040), no Rio de Janeiro, na noite de terça-feira (24), véspera de Natal.
Juliana Leite Rangel estava num carro com a família a caminho da ceia de Natal na casa de parentes em Itaipu, Niterói. Porém, a viagem foi interrompida quando o veículo foi atingido por disparos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O pai dela, Alexandre Rangel, motorista do veículo, afirmou à TV Globo que quando ouviu a sirene do carro da polícia, ligou a seta para sinalizar parada, mas os agentes já saíram da viatura atirando.
“Falei para a minha filha: ‘Abaixa, abaixa’. Eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha. Eles já desceram do carro perguntando: 'Porque você atirou no meu carro?’. Só que nem arma eu tenho, como é que eu atirei em você?”, declarou Alexandre.
Juliana foi socorrida para o Hospital Adão Pereira Nunes e passou por cirurgia. Alexandre também foi baleado na mão esquerda, mas não teve lesões mais graves e teve alta ainda pela noite