A influenciadora digital Daniele Gonçalves, 32, foi esfaqueada diversas vezes pelo ex-namorado em Londrina, Paraná, no rosto e no braço, e teve alta do hospital na última quinta-feira (18). Ela passou nove dias internada após as agressões, que ocorreram no último dia 9. Em entrevista ao Fantástico, na TV Globo, nesse domingo (21), ela relatou os momentos de terror.
Segundo a paranaense, Gabriel Faveri, 26, "era obcecado" por ela: "Na cabeça dele, se eu não fosse dele não seria de mais ninguém". O homem usou um facão para atacar a mulher, que foi surpreendida quando chegava em casa de carro.
"Ele não falou sequer nenhuma palavra comigo e começou a dar facada na minha cabeça. Esse braço aqui foi a forma que eu tive de defesa. Ele começou sem parar. Sorte que minha prima chegou, gritou e ele soltou", revelou Daniele.
Os dois namoraram por cerca de três meses, e se separaram quando Daniele notou muitos atos de ciúme. Semanas antes do ataque, ele tentou asfixiá-la e quebrou seu celular. O jovem foi preso e indiciado por tentativa de homicídio quadruplamente qualificado. Ele está preso em um complexo médico penal e disse em depoimento não se lembrar do crime.
"O Gabriel não precisa, e a defesa entende que ele não precisa, de cadeia, ele precisa de tratamento", informou o advogado João Batista Cardoso: "A alegação de que ele tem problemas mentais não é nossa, da defesa, são dos médicos psiquiatras que nós juntamos todos os atestados e declarações nos autos".
Histórico de agressão
Ao Fantástico, a médica Gabriela Cavalcanti Calvin relatou já ter sido agredida por Gabriel quando eles namoraram. Os dois chegaram a morar juntos em São Paulo.
"Ele entrou na minha casa, de madrugada, de touca, luva de procedimento e máscara. Falou que eu não ia ter tempo de viver mais nada com ninguém", conta.
O agressor também quebrou objetos do apartamento dela e fez uma série de xingamentos. No dia, ela ficou horas presa no apartamento.
“Fiquei com ele presa por horas. Tive crise de pânico e de ansiedade, e taquicardia. Ele chegou a colocar a mão no meu pescoço, disse que era para sentir minha taquicardia”.
A médica conta que "o olhar dele eu não esqueci até hoje, e continuo tendo são crises de ansiedade, que eu não tinha anteriormente. Sinto taquicardia diariamente".