Uma idosa de 60 anos morreu, na tarde dessa quarta-feira (9), após sofrer um mal súbito em uma agência bancária em Bangu, no Rio de Janeiro (RJ). Curiosamente, o caso aconteceu no mesmo banco, na Avenida Cônego Vasconcelos, onde o idoso Paulo Roberto, 68, foi levado pela sobrinha, Érika Vieira — já morto para tentar pegar um empréstimo. As informações são do jornal O Globo.
Em nota enviada ao jornal carioca, o Itaú Unibanco lamentou "profundamente o ocorrido e presta sua solidariedade à família".
A empresa afirmou ainda que "todos os protocolos de emergência foram imediatamente acionados, incluindo socorro médico". Bombeiros do quartel de Campo Grande chegaram a ser acionados por volta das 13h após a idosa sofrer o mal súbito no local.
Apoio psicológico aos funcionários
Após o ocorrido, a unidade foi fechada nesta quinta-feira. O banco destacou também que os funcionários foram acolhidos e também receberão todo apoio psicológico necessário.
Já os clientes estão sendo orientados a procurar a unidade próxima, agência 8486 (Av. Cônego Vasconcelos) ou acessar os canais digitais do Itaú.
Relembre o caso do 'Tio Paulo'
Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, foi presa em flagrante após levar o idoso, a quem chama de "tio", a uma agência bancária para sacar um empréstimo. O óbito do homem ser constatado no local. Ela passou por audiência de custódia 18 de abril e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. Erika teve a prisão preventiva revogada pela Justiça do Rio de Janeir
Em entrevista ao Fantástico do último domingo (5), Erika defendeu das acusações de tentativa de estelionato e de vilipêndio de cadáver. A mulher detalhou como foram o dias na prisão e afirmou que não percebeu que o familiar faleceu durante o trajeto de casa à instituição financeira.
Foram dias horríveis longe da minha família. Vivi momentos da minha vida que não suportava mais. Muito difícil. Foi horrível, não percebi que meu tio estava morto. [...] Não sou essa pessoa que estão falando, não sou esse monstro".
A mulher é acusada de tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. Érika alega que o homem estava vivo quando chegou à instituição bancária. O médico do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que foi chamado por funcionários do banco para atender ao homem, atestou, no entanto, que ele já estava morto há algumas horas.
As imagens do momento repercutiram nas redes sociais e causaram espanto. Érika surge ao lado do idoso, que estava em uma cadeira de rodas, movimentando-o e pedindo para que ele assinasse um documento que aprovava a liberação de R$ 17 mil. Enquanto a mulher se esforçava para concluir o processo, agentes bancários se espantavam com a inércia do "tio".
A morte foi constatada por volta das 15h20, e o laudo, concluído na noite de 17 de abril, aponta que o óbito ocorreu entre 11h30 e 14h30 da terça, por broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca.