Homem tem celular furtado e criminosos fazem dívidas de R$ 143 mil em operações bancárias

Os suspeitos aproveitaram que o aparelho estava destravado para fazer transações

Bruno De Paula, agente de talentos de 36 anos, teve o celular furtado em um semáforo da Zona Norte de São Paulo e criminosos fizeram dívidas que totalizaram R$ 143 mil. O drama do rapaz para conseguir resgatar o dinheiro viralizou nas redes sociais na sexta-feira (6).

De acordo com informações do portal g1, no dia 29 de abril, ele usava o celular dentro de um táxi, quando foi vítima do furto. Os suspeitos aproveitaram que o aparelho estava destravado para fazer operações bancárias.

“Eu estava com um celular que meu pai havia me doado porque o meu estava ruim. Quando cheguei em casa, peguei o celular antigo e comecei a checar as contas e vi que já tinham me roubado R$ 27 mil de uma das contas. Fiquei desesperado e, junto com a minha namorada, começamos a ligar para a Claro, o Nubank e o Banco do Brasil. Fui dormir chateado com a perda do dinheiro, mas crendo que o problema pararia por aí. Mas, no sábado de manhã, comecei a receber notificações de outras operações sendo feitas”, contou ao portal.

Confira relato

Os criminosos mudaram todas as senhas de Bruno em contas como Gmail, iCloud e aplicativos de entregas de comida, além de burlarem os sistemas dos bancos, realizando operações bancárias e resgatando investimentos de curto prazo.

“O meu desespero foi que, no fim de semana inteiro, eu vi empréstimos e dinheiro saindo da minha conta e não tinha como falar com o banco, porque os canais davam sempre a resposta padrão de que o setor de fraudes estava analisando”, disse.

“Os criminosos pagaram boletos nos bancos de R$ 8 mil, R$ 9 mil, que só seriam descontados na segunda-feira. Ora, se eu já havia reportado a fraude para os bancos, porque essas operações todas não foram bloqueadas já na sexta-feira?”, questiona.

Bruno passou por momentos de desespero durante uma semana, tentando reaver os prejuízos deixados pelos criminosos. A publicação do agente de talentos viralizou no Twitter na sexta (6), quando Bruno revelou os bancos conseguiram resolver o problema.

Bruno ressalva, porém, que os bancos e as chamadas "fintechs", como o Nubank, precisam de mais agilidade para dar suporte aos clientes nesse tipo de fraude.