Uma equipe de arqueólogos fez descobertas inéditas na Floresta Amazônica. Os resultados da pesquisa, liderada pelo diretor do Museu de Arqueologia e Etnografia da Universidade de São Paulo (USP), Eduardo Neves, foram divulgados em evento no Museu da Amazônia, em Manaus, nesta semana.
De acordo com o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, que publicou as informações, a equipe encontrou, sob a floresta, uma cidade colonial portuguesa datada do século 18.
Eduardo Neves, responsável pelo grupo, disse que a cidade já aparecia em alguns mapas, mas tinha desaparecido completamente devido à falta de ocupação humana e ao avanço da mata.
"Ela foi abandonada, a floresta tomou conta, e os blocos de pedra foram retirados. Com nossos mapas, conseguimos identificar o traçado das ruas dessa cidade, o que também foi uma descoberta fascinante", disse ele no evento.
Neves contou ainda que, em Rondônia, o grupo de arqueólogos encontrou uma estrutura de pedra conhecida como "Serra da Muralha". Do local, é possível observar outras estruturas geométricas no solo e até estradas.
Além disso, a equipe também descobriu um sítio arqueológico com elementos de cerâmica e formato reticulado, que ainda será analisado novamente pelos profissionais.
Pesquisa será aprofundada
Os pesquisadores devem retornar ao local das descobertas para entender do que realmente se tratam. Isso porque eles não têm certeza se as áreas encontradas são referentes a regiões de cultivo ou locais de habitação, por exemplo.
"Teremos que voltar a campo para escavar e entender melhor seu significado. Essas formações são conhecidas em outros lugares, como na Bolívia, mas é a primeira vez que as vemos no lado brasileiro", compartilhou Neves.