As Forças Armadas aprovaram a compra de mais de 35 mil unidades de Viagra, medicamento que costuma ser usado para tratar disfunção erétil. A informação é da colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
Oito pregões foram realizados por unidades ligadas aos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, segundo dados do Portal da Transparência e do Painel de Preços do governo federal obtidos pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO).
Os processos de compra foram homologados em 2020 e 2021 e permanecem válidos em 2022. Eles descrevem o medicamento pelo nome do princípio ativo, Sildenafila, nas dosagens de 25 mg e 50 mg.
Confira a quantidade de comprimidos por órgão:
- Marinha: 28.320
- Exército: 5 mil
- Aeronáutica: 2 mil
Destino dos medicamentos
O deputado Elias Vaz enviou um requerimento ao Ministério da Defesa solicitando explicações sobre os processos de compra do medicamento.
Segundo a colunista, a Marinha e a Aeronáutica declararam que as licitações se destinam ao tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), "uma síndrome clínica e hemodinâmica que resulta no aumento da resistência vascular na pequena circulação, elevando os níveis de pressão na circulação pulmonar”.
A Marinha disse que a síndrome “pode ocorrer associada a uma variedade de condições clínicas subjacentes ou a uma doença que afete exclusivamente a circulação pulmonar”, e ainda que se trata de uma “doença grave e progressiva que pode levar à morte”.