'Faraó do Bitcoin' é preso suspeito de fraude bilionária em Florianópolis

Esquema de pirâmide com criptomoedas rendeu um prejuízo de R$ 4,1 bilhões em mais de 80 países, segundo a Polícia Federal (PF)

Claudio Barbosa, conhecido como 'Faraó do Bitcoin', foi preso em Florianópolis, Santa Catarina, por suspeita de uma fraude bilionária. O homem estava foragido da Justiça desde 2022 e é investigado por integrar um esquema de pirâmide com criptomoedas que rendeu um prejuízo de R$ 4,1 bilhões em mais de 80 países, segundo a Polícia Federal (PF). As informações são do portal g1.

O suspeito foi abordado pela Polícia Militar (PM) dentro de um carro de luxo na noite de terça-feira (26) e segue detido nesta sexta-feira (31). Ele foi preso após uma denúncia de que um foragido do Mato Grosso do Sul circulava na região do Norte da Ilha.

A defesa de Barbosa informou que a Justiça negou o pedido de liberdade do empresário, feito durante a audiência de custódia, e disse entender "ser totalmente desnecessária sua custódia cautelar uma vez que o processo já está em sua fase final".

Ainda sobre as acusações, a defesa de Barbosa ressaltou que "há uma ausência de regulação com relação ao tema criptoativos no Brasil e que as investigações ocorreram em data pretérita à Lei nº 14.478/2022, conhecida como Marco Legal dos Criptoativos".

Esquema de pirâmide com criptomoedas

Em 2022, investigações sobre um esquema de pirâmide com criptomoedas levou Claudio Barbosa, diretor de tecnologia da Trust Investing, ser alvo da operação “La Casa de Papel”, da Polícia Federal.

Nas redes sociais da empresa, o suspeito se apresentava como "empresário, com ampla experiência em Tecnologia da Informação, na gerência de sistemas e processos digitais".

Segundo a Polícia Federal, a empresa oferecia pacotes de investimentos a partir de US$ 15, com promessa de ganhos diários, que poderiam chegar a até 20% ao mês e mais de 300% ao ano.

Investigações da PF ainda apontaram que o grupo foi responsável por lançar duas criptomoedas, sem qualquer lastro financeiro, para manter o esquema da pirâmide financeira.