A Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), abriu inquérito para apurar a morte do jardineiro Gilcemir da Silva, de 47 anos, na madrugada do último sábado (12), no Morro do Dezoito, na Zona Norte da cidade. As informações são do jornal Extra.
A família de Gilcemir acusa policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) de atiraram em moradores que se refrescavam do calor e bebiam em um bar próximo à entrada da comunidade.
O jardineiro será enterrado na tarde desta segunda-feira (14), no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio.
Testemunhas disseram que Gilcemir estava com amigos em um bar próximo da casa da irmã, na Rua Silva Braga, quando foi baleado no pescoço. Ele chegou a correr e pediu ajuda para a mulher, que dormia, mas teria morrido no colo da esposa.
"Por volta de 1h30, vários moradores estavam na rua porque estava muito calor. Estávamos no comércio da minha tia. Dias antes, havia operação, e as pessoas estavam lá, muitas crianças brincando porque estava tudo tranquilo. Meu tio estava na entrada da comunidade quando o caveirão passou mandando tiro. Acho que eles viram a aglomeração e mandaram tiro achando que era ponto de drogas. Meu tio estava subindo e tomou um tiro no pescoço", disse ao Extra a vendedora Camila Souza, 33, sobrinha de Gilcemir.
PM diz que foi acatada por criminosos
A Polícia Militar disse para a TV Globo que uma equipe do Bope estava em patrulhamento no Morro do Dezoito quando foi atacada por criminosos. Cessados os disparos, os policiais localizaram uma pistola e farta quantidade de material entorpecente.
Em seguida, conforme a PM, uma pessoa ferida foi encontrada e levada para o hospital. Ainda de acordo com a corporação, em toda a ação, foram apreendidos uma pistola, um carregador, três celulares, um radiocomunicador e drogas.