Exército usa blindado para reforçar segurança das próprias instalações após ataque em Guarapuava

Empresa de transporte em Guarapuava foi alvo, assim como um batalhão da Polícia Militar; Exército não foi atingido

Após ataque contra uma empresa de transporte de valores em Guarapuava, no Paraná, o Exército utilizou um veículo blindado para proteger as suas próprias instalações militares durante a madrugada de segunda-feira (18). Segundo o portal NSC Total, a investida aconteceu em bando. 

Na noite de domingo (17), próximo das 22h, um batalhão da Polícia Militar já foi atingido por tiros de criminosos armados. O grupo ainda incendiou carros, fez reféns e manteve ataque ao longo da madrugada. 

Em meio à ocorrência, dois policiais foram baleados. No entanto, a Secretaria da Segurança Pública do Paraná ainda não divulgou informações oficiais sobre o estado de saúde dos agentes até o momento da publicação.

Ainda conforme o portal, os criminosos fugiram para o interior do estado. Moradores do município, foco do ataque, registraram os casos de violência nas redes sociais. 

Uso de viatura blindada

O Exército apontou que a 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada usou uma viatura blindada Guarani para transportar militares do 26º Grupo de Artilharia de Campanha, em Guarapuava.

Apesar de moradores filmarem a saída do veículo do quartel e apontarem que o blindado tinha sido usado para ajudar a polícia, o Exército negou a informação. 

O veículo foi utilizado para reforçar a segurança de instalações de administração militar na área localizada fora do perímetro do quartel.

"Não houve nenhuma ação contra instalações militares. As providências adotadas seguiram o protocolo de segurança da organização militar, destinado a preservar a integridade física de patrimônio e pessoal".
Exército
Nota

Interdições 

A Polícia Rodoviária Federal do Paraná detalhou que o trânsito foi interditado, por dois caminhões incendiados, nos quilômetros 353 e 330 da rodovia BR 277.

Ação está ligada aos ataques e costuma ser realizada por quadrilhas especializadas. Desde 2018, criminosos fazem parte do "novo cangaço". 

Após interdição, os municípios de pequeno e médio porte são invadidos por grupos de 15 a 30 homens que chegam em comboios durante a madrugada. Normalmente, estão fortemente armados